sexta-feira, 8 de agosto de 2014

» Um ladrão de dinheiro público é um caso de polícia; um ladrão de instituições é um caso de políticaBlog de Jamildo

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Um comentário:

  1. A mídia é um mal em si mesmo porque os seus profissionais não tem o preparo exigido para o exercício da profissão. Pensam que a liberdade está acima das leis, da ética e dos costumes. A sua verdade não exige comprovação. São homens em busca do poder pelo poder. Não tem respeito pelos homens e muito menos pelas instituições. Desconhecem todos os valores em busca da glória das suas verdades. O caráter competitivo deste mercado, portanto, está no fato de que o poder de cada indivíduo tem a oposição do poder de outros, sendo que o que se torna razoável para cada um é atacar o outro, ou para vencê-lo, ou simplesmente para evitar um ataque possível. Assim, generaliza-se o estado permanente de conflito entre os homens, o chamado estado de guerra de todos contra todos (HOBBES, p. 57); uma condição sob a qual se encontra toda sociedade desprovida da tutela daquele que seria para Hobbes o maior dos poderes humanos: a autoridade do Estado-Leviatã. “Um homem de bem se paga por suas mãos da aplicação ao dever, pelo prazer que sente em cumpri-lo, e se desinteressa dos elogios, estima e reconhecimento que algumas vezes lhe faltam”, (La Bruèry). Querem se fazer de rogados e solícitos. Os profissionais da mídia para conquistar o respeito que almejam deveriam aprender com La Bruéry, quendo diz: “Devemos trabalhar para nos tornarmos muito dignos de qualquer emprego: o resto não é conosco, é com os outros”. “Valorizar-se por coisas que não dependem dos outros, e sim de si próprio, ou desistir de se valorizar: máxima inestimável e de infinita aplicação na prática, útil aos fracos, aos virtuosos, às pessoas de espírito, que torna senhoras de sua sorte ou de sua tranquilidade; perniciosa para os poderosos, pois diminuiria seu séquito, ou antes, o número de seus escravos destruiria sua arrogância com uma parte da sua autoridade, e os reduziria quase às suas baixelas e equipagens; iria privá-los do prazer que sentem em se fazer rogados, solicitados, fazer esperar ou recusar, prometer e não dar; iria desmanchar o prazer que às vezes têm de pôr em destaque os tolos e esmagar o mérito, quando lhes acontece discerni-lo; baniria das cortes as intrigas, cabalas, maus ofícios, baixeza, adulação, trapaça; faria de uma corte tempestuosa, cheia de agitações e intrigas, como que uma peça cômica, ou mesmo trágica, na qual os prudentes seriam apenas espectadores. restituiria dignidade às diferentes condições dos homens; serenidade a suas faces, hábito de trabalho e de exercício; iria levá-los à emulação, desejo de glória, amor da virtude; em vez de cortesãos vis, inquietos, inúteis, muitas vezes onerosos à república, far-se-iam administradores hábeis ou excelentes pais de família, juízes íntegros, bons oficiais, grandes capitães, oradores, filósofos; e não lhes daria, a todos, outro inconveniente que o de, talvez, deixar aos herdeiros menos tesouros do que bons exemplos”. Mas, o que assistimos é justamente o contrário. São homens havidos pelo busca do poder a qualquer custo. Como expôs GIAN DANTON para mostrar o perigo da comunicação em mãos delituosas: “Um jornal que estampe uma previsão de inflação fará com que os consumidores corram para estocar produtos antes do anunciado aumento de preços. O aumento da demanda fará com que os vendedores aumentem o preço das mercadorias. Talvez a inflação não tivesse ocorrido se o jornal não a tivesse anunciado”. “É fato sabido que nenhum banco tem em caixa dinheiro o bastante para cobrir a retirada de todos os seus correntistas. Se corre o boato de que o banco irá falir, haverá uma corrida ao mesmo. O excesso de saques deixará a instituição sem capital e, portanto, falida. Mais de uma empresa bancária já fechou suas portas em decorrência de previsões auto realizadoras”. “... o conhecimento verdadeiro consiste em conhecer as coisas por suas causas primeiras, no que de fato diferiria muito da falsa, como a expliquei acima: pois se diz conhecimento verdadeiro também aquele que envolve, objetivamente, a essência de algum princípio que não tem causa, conhecendo-se por si e em si”, (Spinoza).

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