Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Ótimo Texto. Esta é uma realidade que está muito clara em todas as doutrinas que se fundamentam na dialética. De fato, a disputa dialética não só está vencida no plano do governo como no plano científico, técnico e de aplicação prática dos princípios econômicos. Logo, não há como vencer esta disputa sem recorrer ao mais tradicional adversário da dialética que está no discurso e na prática messiânicos. Esta é uma luta milenar e que nunca sessará enquanto o maniqueísmo sobreviver e as ciências não forem capazes de incorporar o conhecimento concreto sobre metafísica. Como salientou Martin Heidegg “(...) Justamente, sob o ponto de vista das ciências, nenhum domínio possui hegemonia sobre o outro, nem a natureza sobre a história, nem esta sobre aquela. Conhecimentos matemáticos não são mais rigorosos que os filológico/históricos. A matemática possui apenas o caráter de ‘exatidão’ e este não coincide com o rigor.” “Nas ciências se realiza – no plano das ideias – uma aproximação daquilo que é essencial em todas as coisas”. “Mas o estranho é que precisamente, no modo como o cientista se assegura o que lhe é mais próprio, ele fala de outra coisa. Pesquisado deve ser apenas o ente e mais – nada; somente o ente e além dele – nada; unicamente o ente e, além disso, – nada. Que acontece com este nada? E, por acaso, que espontaneamente falamos assim? É apenas um modo de falar – e mais nada?”. Logo, enquanto este – nada – representar o ramo desconhecido às ciências haverá espaço para o líder, iluminado pela graça divina, propor reformar a ordem vigente das coisas. O desconhecido é terra de ninguém, portanto prevalece a voz do líder. A estratégia de mostrar uma economia desestabilizada, através de uma inflação descontrolada não podia dar certo diante uma realidade que desmentia o discurso. Neste caso, os tucanos ficaram sem discurso. Com a estabilidade da economia se mostrando real, só resta apelar para o messianismo. Diante do fato de haver uma contradição clara entre a verdade econômica e uma mentira repetida só resta o sobrenatural, o fato milagroso, para vencer uma disputa com a realidade.
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