quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Sakamoto: Bolsonaro não está à frente por causa de seu machismo

Sakamoto: Bolsonaro não está à frente por causa de seu machismo: "Com o país parado no pântano e o sentimento que é de mudança, Jair Bolsonaro (PSL) não está á frente por causa de seu machismo. Está apesar dele. E se aproveitou muito bem disso, criando uma narrativa que trazia para si o frescor da novidade, mesmo que seja deputado federal há sete mandatos, tendo criado um clã político com seus filhos”, analisa o jornalista Leonardo Sakamoto

Um comentário:

  1. Estão fazendo uma análise equivocada do percentual de voto do Bolsonaro. Não existe uma novidade em relação ao percentual. Esse é o percentual histórico do radicalismo no mundo todo. A única novidade está no fato de que até hoje o único radicalismo exposto na mídia brasileira se referia ao radicalismo da chamada extrema esquerda. Mas, isso não significava que o radicalismo da extrema direita não existisse, pelo contrário era ainda maior, tanto que suplantou os radicais da extrema esquerda. Em outras palavras os ditadores de direita derrotaram por muitos anos os ditadores de esquerda no Brasil. Com a evolução dos meios de comunicação e o fim da guerra fria esses grupos radicais se isolaram e se expuseram, porque antes a extrema esquerda vivia na ilegalidade e a extrema direita no comando do país. Agora puderam se expor e apresentar como sempre foram. Por isso, o Bolsonaro apresenta um percentual que varia de 28% a 32%, considerando a margem de erro, e a extrema esquerda desapareceu por entender que a democracia é um processo de mudança mais eficiente do que o radicalismo de esquerda. Dito isso, é possível mostrar que o percentual de votos favoráveis a democracia suplanta em muito os votos do radicalismo da extrema direita, porque gira em torno de 70%. Em outras palavras, a democracia só perde essa eleição se houver fraude ou um improvável boicote dos defensores da democracia para que a extrema direita possa ganhar a eleição de 2018. Mesmo considerando o poder econômico histórico da extrema direita é impossível conseguir votos para suplantar os votos pela democracia. Para compreender os números não basta saber ler os numerais é preciso saber interpretá-los. Leiam a história e refaçam a análise para compreender que não existe uma maioria em favor da extrema direita e nunca existiu nem existirá. . É natural o medo quando se comparam os fatos atuais com a história política do Nazismo, mas os tempos são outros e o Nazismo desmoronou com a mesma velocidade com que ascendeu ao poder. O surgimento de outro Hitler é tão difícil quanto o aparecimento de outro Jesus Cristo. Até que os candidatos podem parecer fisionomicamente, mas é só isso.

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