segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

OXFAM: Oito homens possuem a mesma riqueza que a metade mais pobre da humanidade | Economia | EL PAÍS Brasil

OXFAM: Oito homens possuem a mesma riqueza que a metade mais pobre da humanidade | Economia | EL PAÍS Brasil

Um comentário:

  1. Não há crescimento econômico no século XXI. Só existe em algumas economias uma pequena recuperação das perdas ou da recessão iniciada em 2006/07 pelo Sistema Financeiro Americano nos EUA, em decorrência da crise financeira ou crise dos subprimes. Assim mesmo esta recuperação não se refere ao crescimento econômico e sim ao crescimento do sistema financeiro internacional e local, a despeito da recessão econômica mundial, causada pela crise financeira. Em outras palavras um crescimento insignificante e insuficiente, acompanhado de desemprego, recessão e baixos salários. Em síntese, o relatório da Oxfam reafirma que não existe crescimento econômico e sim crescimento do sistema financeiro e da concentração de capital, que se expressa no aumento da desigualdade de riqueza e é divulgado como percentual de crescimento econômico por ação falaciosa ou sofismas. Essa Concentração foi anteriormente identificada pelas estatísticas do Credit Suisse ao constatou que em 2015 a riqueza de 1% da população mundial alcançou a metade do valor total de ativos, ou seja, 1% da população mundial já concentrava metade de toda a riqueza do planeta. Esse progresso na concentração da riqueza também é descrito e analisado no livro do economista Thomas Piketty ‘O capital no século XXI’ publicado em agosto de 2013. O Thomas Piketty esclarece que “De certa maneira, estamos, neste início de século XXI, na mesma situação que os observadores do século XIX: somos testemunhas de transformações impressionantes, e é muito difícil saber até onde elas podem ir e qual rumo a distribuição da riqueza tomará nas próximas décadas, tanto em escala internacional quanto dentro de cada país. Os economistas do século XIX devem ser louvados. Afinal, foram eles que colocaram a questão distributiva no cerne da análise econômica e tentaram estudar as tendências de longo prazo. Suas respostas não foram sempre satisfatórias — mas, ao menos, eles souberam fazer as perguntas certas. Não há motivo algum para acreditar que o crescimento tende a se equilibrar de forma automática. Demoramos muito tempo para recolocar a questão da desigualdade no centro da análise econômica, e mais ainda para resgatar os questionamentos do século XIX. Ao longo de várias décadas, o tema da distribuição da riqueza foi negligenciado pelos economistas, em parte devido às conclusões otimistas de Kuznets, mas também em razão da atração excessiva da profissão por modelos matemáticos reducionistas conhecidos como “modelos de agente representativo””. Diante das estatísticas e dos estudos sobre a crescente concentração de renda é possível afirmar que todos os problemas da economia contemporânea residem neste processo acelerado de concentração da riqueza.

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