Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
A questão não é esta: “Conheço Lula há muitos anos e tenho a total confiança de que ele não se envolveu nem permitiria que alguém próximo dele se envolvesse em desmandos. Acho muito ruim que as investigações em curso sejam utilizadas retoricamente pela oposição para atingi-lo na sua honra e na sua imagem política.”. Trata-se de preservar o discernimento e a imunidade das instituições quando se tratar de manipulações políticas. Técnica ou psicologicamente não há isenção ou imparcialidade de qualquer pessoa. A mente do homem não permite este distanciamento. Portanto, ao reconhecer que a oposição utiliza as investigações retoricamente o ministro está admitindo o fato de a Polícia Federal construir, mesmo que não tenha a intenção, suporte para a luta política da oposição. Esta é a questão! Seja intencional ou não o uso da investigação para a retórica da oposição é um fato concreto. Neste caso, como fica a seriedade e isenção da instituição policial. Não se pede para parar ou não fazer investigação. O que se deseja são seriedade, competência e fidelidade das instituições e de seus dirigentes para os interesses do Estado e não à conveniência política de partidos políticos, sejam de situação ou de oposição. No entanto, não se constata claramente esta verdade e firmeza quando surgem notícias sobre as investigações. Aparentemente primeiro se conclui para depois investigar. A algo de podre e obscuro neste processo. Não é para o partido político A ou B que o ministro tem a obrigação de responder, mas ele deve acatamento e satisfação à sociedade. E, mesmo assim, a sociedade tem a impressão, inclusive quando o ministro fala, de que é uma figura ausente e omissa as investigações. Pois a sociedade só esta sendo informada pela retórica da oposição ou versões da mídia, que tem posição política definida contra o governo ou governos em razão de seus interesses particulares. Este não é um procedimento correto para uma instituição de Estado. O que se quer é limpidez com responsabilidade e que as conclusões tenham fatos concretos e provas. A versão é um processo político, queiram ou não entender, cuja prática se adequou aos negócios da oposição, ainda mais quando ocorre em democracias sem tradição, onde o povo não é de fato respeitado pelos seus representantes. A confiança não combina com política. Por isto, não podemos acreditar na seriedade e na isenção sem que haja comprovação documentada e oficializada. A verdade sobre desinteresse da instituição em relação a política partidária é fundamental, mas para que isto seja possível ao cidadão constatar não basta ser, é preciso parecer.
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