Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
segunda-feira, 24 de março de 2014
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Agência de classificação de risco é uma empresa que, por conta de um ou vários CLIENTES, qualifica determinados produtos financeiros ou ativos (tanto de empresas, como de governos ou países), avalia, atribui notas e classifica esses países, governos ou empresas, segundo o grau de risco de que não paguem suas dívidas no prazo fixado. Quando esse risco de inadimplência se refere a operações de crédito concedido a um Estado soberano ou ao seu Banco Central, é chamado risco soberano. Quando o risco se refere a contratos de crédito firmados com a totalidade dos agentes (públicos, incluindo entidades infranacionais e não soberanas, ou privados) de um país, utiliza-se a expressão risco país. Na escala de risco da Standard & Poor's e da Fitch, a melhor classificação é AAA; a pior é D. (Wikipédia, a enciclopédia livre). É possível intuir que a avaliação desta agência de risco é burlesca, em razão das reservas monetárias nacionais, do patrimônio em reservas naturais e da consistência dos fundamentos aplicados. Mesmo fosse clara esta tendenciosa avaliação, é fácil comprovar que as agências estão a serviço de economias centrais. Nunca as agencias foram capazes de identificar com antecedência as crises econômicas mundiais. Posso citar a última que se iniciou com a bolha imobiliária nos Estados Unidos, nos anos 2000 e que ficou mais conhecida após a deflagração da crise do subprime, entre julho e agosto de 2007, exemplo de práticas desastrosas na concessão de empréstimos e da avaliação de risco. Depois disso a credibilidade das agencias só pioraram, pois quando tentaram rebaixar a nota dos EUA foram impedidas pelo governo norte-americano. Este episódio deixou claro para os investidores, que as agências estavam fazendo um jogo de cartas marcadas em detrimento dos investidores em geral. Como diz Paul Samuelson: os problemas envolvidos no risco: (...) Sem dúvida, o seguro é um modo altamente importante de distribuir o risco. Porque, então, não nos podemos segurar contra todos os riscos que corremos na vida? A resposta está no fato incontestável de que são necessárias CERTAS condições matemáticas DEFINIDAS, antes de poderem ser determinada com exatidão suficiente as probabilidades atuariais. Além disso, tem contra a previsão de risco rigorosa o fato de que os juros ou o lucro são explicados como recompensas recebidas pelo investidor por assumir determinado risco de incerteza econômica. Há, também, o fato de que os economistas sabem que o risco é uma ocorrência possível, porém com probabilidade de ocorrer ou não e que todas as formas de atividade econômica envolvem riscos. Assim, o risco em economia está associado a possíveis ganhos. Não é difícil concluir que as agencias de risco em economia não têm valor prático. Todos os profissionais que por ocupação ou por formação se dedicam ao estudo do risco têm consciência de que o risco desconhecido não pode ser evitado, então buscam o gerenciamento para removê-lo depois que ocorre; e que, portanto, os riscos que não podem ser removidos ou lucrativamente transferidos devem ser suportados pelos empreendedores e pelo Estado. Este jogo de cartas marcadas é do conhecimento de todos não tendo mais serventia para os investidores, só para os “clientes”, restando apenas a guerra de comunicação da mídia contra a economia brasileira e outras periféricas. Para não deixar de falar dos atrasos em execução de obras ou empreendimento, digo que trata-se apenas de mais um capítulo da guerra de comunicação, porque não existe execução de empreendimento sem atraso. Por dificuldades com relação aos custos, cronograma, qualidade, tempo, etc. na execução de empreendimentos que foram criadas as associações internacionais de gerenciamento de projetos. No Brasil já existem alguns profissionais certificados, mas sem muita experiência. Quando as empresas apresentam experientes gerentes de projetos são na realidade gerentes de contrato. Logo, ainda falta qualificação e experiência para se exigir eficiência neste trabalho tanto em empresas privadas quanto nas públicas.
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