Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
sexta-feira, 21 de março de 2014
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Discussão inócua e fora de propósito. Estão fazendo um debate político sobre uma ação administrativa rigorosamente técnica. Diante do exposto até o momento posso afirmar, como profissional, que a compra da refinaria foi um bom negócio para a Petrobras. Como interessado, acredito que a Petrobras deva manter a refinaria em seu patrimônio. Caso tivesse direito a voto, defenderia o parecer do Nestor Cerveró para a compra da refinaria. Acredito que a discussão política cegou os profissionais responsáveis pela decisão ou o parecer não foi claro o suficiente para que o Conselho de Administração da Petrobras, responsável pela aprovação do negócio, tenha segurança em defendê-lo. A Dilma não é uma empreendedora. Ela foi presidente de um Conselho de Administração e hoje é Presidente da República, portanto não tinha e não tem obrigação de entender de compra e venda de empresas, ou seja, de negócios. Os administradores decidem com base em pareceres técnicos. O que caracteriza e diferencia o administrador e político do técnico é a sua capacidade de liderar e o bom senso para decidir. "Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta." "O Brasil agora tem um futuro próprio. (...).", (Economista John Kenneth Galbraith). Aparentemente, por interesse político ou insegurança, muitos estão esquecendo que a compra da referida refinaria deveu-se a necessidade de refino do petróleo brasileiro, que era enviado ao exterior por falta de aparelhamentos brasileiros, em quantidades suficientes, para o refino de todo o petróleo produzido. O interesse pela refinaria divulgado na época baseava-se em sua planta, que permitia o refino do petróleo pesado, característica do nosso petróleo. Havia ainda, a vantagem desta refinaria estar próxima da Venezuela, que pagava às refinarias americanas fazer o refino do seu petróleo. Enquanto isto se negociava com a Venezuela uma parceria para a construção de uma refinaria em Pernambuco no intuito de refinar o petróleo pesado do Brasil e da própria Venezuela, como dois grandes produtores de petróleo, deixando de ser um mero exportador desta matéria prima e agregando valor ao produto exportado. Certamente por isto em audiência na Câmara dos Deputados: “(...), Graça Foster defendeu a compra da refinaria no contexto da política da empresa em 2006, mas afirmou que, se fosse hoje, ela não seria favorável.” “Na ocasião, ela também defendeu o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró, atual diretor financeiro da BR Distribuidora, acusado por Dilma de ter elaborado o resumo técnico "falho" sobre Pasadena.”, (Tiago Décimo e Andreza Matais). Foster e Dilma cometeram o mesmo equívoco, talvez por pressão da mídia e da política, ao considerar a conjuntura econômica atual para negar os elementos positivos do relatório que defendeu a negociação. Mesmo considerando o que disse John Maynard Keynes: "A longo prazo, todos estaremos mortos", o tempo deve ser considerando quando se trata de negócios. É evidente que no longo prazo os investimentos sofrem variações com ganhos e perdas, mas o que conta para o empreendedor são os períodos de ganho. Em outras palavras, na época da compra era um negócio viável, hoje a refinaria apresenta-se como um investimento inviável, porém no futuro voltará a ser um grande negócio, principalmente quando o petróleo do Pré-Sal estiver sendo extraído plenamente. Os economistas e, principalmente, os empreendedores sabem que é no longo prazo que se definem os ganhos. E, quanto maior a escassez do petróleo maior serão os ganhos deste investimento. Que todos ponham a cabeça, que tiver e se possível, para pensar e agir com cautela e bom senso, especialmente os críticos leigos e ignorantes. Quanto a lisura do negócio deve ficar sob a responsabilidade dos órgãos de controle internos, externos, públicos e privados, como é praxe no mundo dos negócios.
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