Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Este debate e noticiário tem cheiro de propaganda de guerra de interessados contra a Petrobras, Os negócios de mercado são realizados por meio de avaliações econômicas, jurídicas e financeiras realizadas por especialistas qualificados, habilitados e experientes, mas nem por isto deixam de conter risco. Frequentemente os elementos que fundamentam grandes negócios são sigilosos, portanto não cabem especulações para julgar a decisão tomada; nem as deduções de leigos, porque é óbvio que serão incoerentes e inconsistentes. Não vejo como especulações, ou mesmo, ponderações políticas possam contribuir para a avaliação da decisão tomada pelos técnicos e diretores envolvidos na compra da refinaria em Passadena nos EUA. E, nem mesmo posso compreender as declarações de executivos que subsidiaram com informações técnicas o Conselho de Administração da Petrobras para a tomada de decisão, pois na maioria das vezes são meros profissionais de operação, sem direito a voto no Conselho de Administração, portanto incapazes de julgar o conjunto de elementos que fundamentaram a decisão da compra. Um exemplo: "Ela [a presidente] poderia ter lido todo o processo, mas pelo visto, ficou só no resumo executivo", disse um dos integrantes da estatal, que pediu anonimato. Quem faz este tipo de afirmação é um profundo ignorante em gestão, porque é justamente para permitir aos tomadores de decisão com rapidez e da melhor forma que se tem o relatório gerencial ou resumo executivo. Somente ao técnico interessa detalhes de execução e conclusão de ações e projetos. Logo, um pensamento assim é descartável diante de tanta ignorância sobre gestão empresarial. O bom senso e a experiência estabelece que este seja um problema que deve ser avaliado por quem tem competência e habilidade, ou seja, por peritos para subsidiar as conclusões e ações das instituições interessadas e responsáveis pela análise das prestações de conta. A guerra comercial realizada pela concorrência, pelos especuladores e facínoras não pode ser aceita pela sociedade, diretoria da Petrobras, Ministério Público, Tribunal de Contas, Controladoria-Geral da União e outros órgãos de controle. Afinal, estamos tratando de uma empresa de capital aberto. Sendo, portanto, negado aos entes não delegados oficialmente para atuar neste caso o direito de por ignorância, irresponsabilidade, inconsequência ou, até mesmo, boa fé pura, prejudicar os acionistas e a Empresa Petrobras. Ganhos e perdas faz parte do jogo comercial e do risco dos negócios; além disto, existem as decisões de sentido estratégico que está acima dos valores financeiros, como por exemplo: A compra e venda da Motorola pelo Google. Este negócio nos dá um modelo onde a estratégia está acima dos valores envolvidos, senão vejamos: “O grupo chinês Lenovo comprou a divisão móvel da Motorola, adquirida em 2011 pelo Google. O valor da transação é de cerca de US$ 3 bilhões. O Google comprou a parte relacionada à telefonia da Motorola em 2011 por US$ 12,5 bilhões. (...).”, (UOL, em São Paulo - 29/01/2014). Conforme a rede “CNN”, a compra da Motorola Mobility dará ao Google acesso a mais de 17 mil patentes, além de outras 7,5 mil que estão aguardando aprovação. Como se vê aparentemente a Google teve um prejuízo na negociação em US$ 9,5 bilhões. Os negócios de mercado não foram feitos para desinformados e inábeis, que pensam saber tudo. Não esqueçamos o que disse Spinoza: “(...) se alguém proceder corretamente, investigando o que se deve investigar primeiro não interrompendo jamais a concatenação das coisas, e souber como se devem determinar as questões antes de se chegar a seu conhecimento, nunca terá senão ideias certíssimas, isto é, claras e distintas, pois a dúvida nada mais é que a suspensão da alma no atinente a alguma afirmação ou negação, que afirmaria ou negaria se não ocorresse algo que, desconhecido, deixa imperfeito o conhecimento dessa coisa. Donde se vê que a dúvida sempre nasce do fato de serem as coisas investigadas sem ordem”.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=TbUYoErHpyQ