quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Qual Brasil? Qual Estado? — CartaCapital

Qual Brasil? Qual Estado? — CartaCapital

Um comentário:

  1. Este foi o único texto de brasileiro que li, até hoje, com conteúdo técnico e histórico capaz de merecer elogio. Faço apenas três ressalvas, que considero normal para o pensador que não é diplomado em economia. A 1ª diz respeito a importância dada a mais-valia porque hoje com o avanço da tecnologia e da industrialização os ganhos capitalistas não são dados mais pela mais-valia e sim pelo acumulo do trabalho e pela produtividade, que utiliza-se de pouca mão de obra. A 2ª trata de rentismo oriundo de juros escorchantes porque esta é rentabilidade não é definido pelos rentistas, mas pela necessidade do Estado em fomentar o desenvolvimento de uma economia ainda carente de empreendedores globais, controlar o sistema financeiro nacional e a quantidade de recursos financeiros no mercado. Há neste caso uma convergência de interesses e necessidades, que não pode ser desprezada. É a regra do jogo, embora possa ser considerada a manipulação dos interesses privados. A 3ª refere-se ao fato de associara grita por juros altos ao controle da inflação o que distorce a lógica do controle inflacionário. O aumento do custo do dinheiro, mediante juros altos, é apenas um artifício frouxo na busca pelo equilíbrio econômico; enquanto a gestão da política econômica e o governo encontram os meios econômicos para manter a economia controlada. Esta relação entre inflação e juros altos é simplista, serve apenas para o Banco Central contribuir com o equilíbrio monetário e defender a moeda nacional. Caso contrário os ataques dos especuladores a moeda seriam desastrosos para a economia nacional. É uma estratégia para atrair compradores para as moedas nacionais e, dessa forma, valorizá-las. Sem moeda competitiva não há economia no mundo capitalista. Por esta razão, somente os países que não adotam o capitalismo pleno são capazes de manter as suas moedas fora do mercado ou muito pouco atrativas para os mercados financeiros sem destruir a sua economia. É um artigo excelente, mas há tópicos de economia que apenas os técnicos qualificados e especializados são capazes de avaliar. Parabenizo o autor pelo esplêndido texto.

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