Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
José Nêumanne, onde está o tão propalado jornalismo investigativo? O que vem da mídia neste período são puras balelas e sensacionalismos. Nada mais do que isto. Talvez por esta razão jornalista seja um “profissional free lance”. É triste ver um pretenso profissional ignorar os fatos desta forma. Vejamos porque “(...) não assomou (surgiu) à cena nenhum agente público ou mesmo um membro da tíbia oposição que resolvesse ou desmascarar as possíveis patranhas do autor ou investigar as informações dadas por ele e que seriam passíveis de desmentido ou confirmação”. Fosse um pouco mais informado sobre funcionamento do aparato policial durante o período da ditadura saberia que esta é uma tarefa impossível de ser concretizada porque mesmo todas as mais altas autoridades da época não sabiam dos movimentos ‘secretos dos aparelhos policiais e paramilitares’. Se hoje o Obama tem dificuldade de conhecer esses procedimentos imagine as autoridades brasileiras do período ditatorial. Nem mesmo o que foi escrito é confiável. Os polícias tipo Tuma eram vistos pelos agentes da Polícia Federal como corpo estranho, um cancro, sem prestígio ou conhecimento sobre a instituição federal e que serviam apenas para cumprir tarefas. Eram os agentes do serviço podre, sem relevância, embora se esforçassem para parecer agente federal de relevância. A sua maior relevância estava em ser apadrinhado político infiltrado para desempenhar o trabalho político paramilitar. Um jornalista bem informado saberia que a revolução foi arquitetada e dirigida pela classe política dominante, com apoio de instituições estrangeira, e que tinham os seus agentes infiltrados para garantir os espaços no aparelho estatal, que os federais chamavam de “araque” ou “meganha” e mal se dirigiam a eles, mesmo durante o trabalho. Era possível perceber a diferença até pela qualidade e estilo dos ternos. Como poderia um corpo estranho conhecer os pormenores das ações oficiais? O chamado “meganha” ou ”araque” autor do livro sabe que não pode ser contestado porque não existe conhecimento preciso sobre os fatos do período da revolução. Esquece o jornalista que foi uma época em que até generais eram vigiados, como um corpo estranho ao aparato do Estado poderia conhecer e participar de tão importantes ações. Do período da revolução pode-se dizer tudo e mais alguma coisa porque não é possível afirmar ou negar com fundamentos, provas e comprovações.
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