Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O raciocínio é lógico, porém requer cautela porque no Brasil as normas de controle das ações bancárias são exercidas há muito tempo, enquanto que nos EUA e na Alemanha, com a adoção de políticas liberais pelo sistema econômico, o domínio bancário se dá de forma diferente. É preciso fazer uma pesquisa sobre o comportamento do consumidor brasileiro em relação às ações ganhas contra o sistema financeiro no Brasil para verificar se o percentual dos que vão a justiça em busca dos seus direitos é realmente pequeno como na Alemanha. Trata-se de realidades diferentes. Os direitos, especialmente econômicos e financeiros, precisam ser respeitados e cumpridos, independentemente de haver ou não contrato dando-lhes garantia, para que a sociedade possa dar credibilidade as suas instituições. Por outro lado, não é justo fazer os bancos pagarem por uma decisão tomada pelos respectivos governos. Eles cumpriram determinações do Poder Público. É necessário que as autoridades responsáveis pelos planos econômicos, que resultaram em perdas para o consumidor brasileiro, respondam diretamente pelos prejuízos, em ações do Ministério Público, que resulte no pagamento das perdas através do confisco dos seus patrimônios, que deverão cobrir as perdas dos consumidores. Caso o patrimônio dos culpados não seja suficiente para cobrir as despesas, ficará o saldo para cobertura dos seus partidos políticos que aprovaram os planos, cabendo neste caso uma lei para priorizar os pagamentos e seus beneficiários. Este procedimento garante a credibilidade do sistema e dar segurança para o impedimento de outros atos irresponsáveis, provenientes de autoridades públicas. Desta forma os sistemas econômico e social ficam preservados. É preciso incluir ainda nestas perdas com a instituição do Plano Real, com as crises financeiras de 1997/1998, portanto depois do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) em 1995, quando cerca de 400 instituições financeiras e bancárias quebraram e todos os danos financeiros advindos das conjunturas que resultaram em empréstimos abusivos do FMI e BIS em 1988 (US$ 41 bilhões), depois em 2001 (US$ 15 bilhões)e, por fim, em 2002 (US$ 30 bilhões). É hora de exigir responsabilidade dos nossos governos e governantes.
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