Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Críticos amadores ou especialistas costumam ser piores que os criticados. Expor que “(...) especialistas em comunicação costumam chamar de “infantilização do jornalismo” na televisão.”, mostra o amadorismo desta crítica. Este argumento só demonstra a verdadeira fragilidade profissional do jornalismo e comprava a falta de conhecimento profissional dos especialistas. Especialista passa a ser a confirmação de desconhecimento e verdades do senso comum. Em outras palavras: analfabetos funcionais. Enquanto os especialistas falam de infantilidade do jornalismo, os profissionais analisam o conteúdo e a forma do jornalismo. A conclusão profissional é a de que o jornalismo é uma prática de lavagem cerebral exercida sobre a sociedade em defesa dos interesses dos proprietários das empresas jornalísticas e de seus anunciantes, ou seja, nenhum jornal é infantil para contestar interesses próprios de modo que jamais publicam fatos ou atos que contrariem os interesses dos seus anunciantes e, principalmente, os interesses dos proprietários das empresas de comunicação de massa que produzem o jornalismo, por meio da “comunicação grátis” ou da “comunicação paga”. Onde se pode encontrar a lavagem cerebral grátis promovida pelo rádio, pela televisão aberta e, mais recentemente, pela distribuição grátis de jornais impresso ou pela televisão paga onde o noticiário segue o mesmo princípio, porém de modo a satisfazer os interesses do público alvo, desde que não conflite com os interesses dos proprietários dos respectivos meios de comunicação. É um público seleto, cujos interesses se aproximam, por ilusão, dos interesses dos acionistas e proprietários dos meios de comunicação encarregados da lavagem cerebral da sociedade, que ocorre diariamente o dia todo, inclusive aos domingos, com a apresentação das revistas semanais. Não existe infantilidade no jornalismo. Por exempli: Jamais os consumidores do jornalismo irão assistir matérias profundas, com exposição clara e permanente, sobre as agressões do meio ambiente, promovidas pelos grandes grupos empresariais. O máximo que assistem é um noticiário superficial, mesmo quando a agressão provoca o envenenamento de milhares de pessoas. É assim e continuará sendo desta forma até que a comunicação seja de fato do interesse público, paga e mantida pela sociedade e sem interferência política ou de empreendimentos privados. Quer dizer: Nunca. A solução é promover a competição e a democratização dos meios de comunicação para que os interesses defendidos possam ter uma dimensão maior de modo que a sociedade possa se beneficiar do resultado oriundo do conflito de interesses. Inocência no jornalismo só existe na cabeça de especialistas sobre jornalismo.
ResponderExcluir