Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
sexta-feira, 6 de junho de 2014
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Neste texto não posso analisar o que é dito sobre política porque sou um especialista na matéria, isto é, não entendo com profundidade do assunto. Mas, no tocante as avaliações do jornalista especialista em economia podem-se fazer algumas considerações para demonstrar o alto nível de ignorância dele sobre a matéria. Dizer “Está certo o tucano Aécio Neves quando propõe que os programas sociais, ditos de “transferência de renda”, passem à condição de políticas de Estado.”, é simplesmente uma confissão de desconhecimento sobre o papel das políticas sociais no desenvolvimento. Não se pode fazer de uma política de transição uma política de Estado. É uma estupidez. Quer eternizar a manutenção de grupos dependentes do Estado? Esta é uma política mundial, porém clara o bastante para que os grupos menos favorecidos ou marginalizados da sociedade não pensem em ficar dependentes. Só posso admitir como lógica esta aprovação à formalização de uma política social como política de Estado se este jornalista for membro tradicional e antigo da internacional comunista. Neste caso, o seu pensamento faz sentido, embora já existam provas de que é equivocado. Afirmar “Ela disse não saber. Foi sincera. Não sabe mesmo. Como não tem o diagnóstico, falta-lhe o prognóstico.”, reafirma a completa e total desinformação sobre economia. Por mais bem dotado que seja um economista, ele não pode saber por que uma economia não cresce. Por ser uma técnica nascida de estudos e práticas de princípios que especifica a distribuição de recursos escassos, permitindo trabalhar na alocação de fatores de produção e aferir atividades do trabalho por meio dos processos produtivos da economia industrial, economia agrícola, economia comercial e economia financeira, não permite uma visão geral absoluta. Estes processos são variados e complexos para que um profissional possa (por mais bem informado que seja) identificar uma disfunção sistêmica. Em outras palavras dizer tecnicamente porque uma economia está crescendo ou estagnada. Em razão desta impossibilidade o economista faz análise de tendências. Esta pergunta é natural aos leigos, tanto que é comum familiar perguntar aos médicos, quando seu ente querido está doente, se ele vai morrer. Esta é uma pergunta que só Deus pode responder. Quando o médico quer dar uma resposta objetiva e afirma que o paciente vai morrer e não acontece, explica o fato como milagre. A presidente usou de profissionalismo e não simplesmente de sinceridade. Caso ela fosse uma especialista em economia poderia dar uma razão ou várias para os jornalistas, mas como profissional de economia e presidente não pode afirmar uma idiotice, como deseja este jornalista especializado em economia. Um estudo de tendências pode identificar que a economia brasileira está reduzindo o seu crescimento porque há um consenso entre os economistas de que a economia brasileira alcançou o pleno emprego, logo o ciclo de crescimento econômico precisa mudar para que o crescimento possa continuar. Este entendimento força a indústria a rever a produção de acordo com o mercado presente, porque ele não tende a crescer no curto prazo em função do pleno emprego. Além disso, há uma eleição e todos os candidatos já expuseram que o próximo ciclo de crescimento terá como base o incentivo ao investimento, portanto o consumo tende a permanecer o mesmo, que já é atendido pela produção atual e a indústria procura diminuir a sua produção para atender o mercado presente e não mais o futuro. O mercado futuro virá depois das eleições, conforme a política econômica a ser adotada pelo vencedor. Este é um assunto muito extenso, portanto vamos ficar aqui por enquanto. Pois existe duas tendências uma que incentivará o investimento, mas com medidas econômicas duras, impopulares, ou seja, redução do consumo e a outra que irá incentivar o investimento, porém o consumo será mantido. Quanto ao texto do jornalista podemos concluir que é uma obra prima da bestialidade.
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