Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Caso esta pesquisa reflita a realidade brasileira estamos diante de uma expressiva massa profundamente consciente das condições econômicas do Brasil. São pelo menos 61% de especialistas em economia. 39% dessas pessoas são especializadas em análise de política internacional. 67% de todos são peritos em políticas de desenvolvimento. Mais de 78% desta população tem pleno domínio das informações sobre corrupção, saúde pública, insegurança e, surpreendam-se, inflação. Neste quesito, supera os 61% de especialistas em economia. Um país dotado de uma população extremamente informada e preparada intelectual e profissionalmente não pode de fato se tornar uma potência emergente como deduz 39%, que responderam que o Brasil não se tornará uma potência emergente. Um fenômeno de lógica, competência e desenvolvimento cognitivo. Percebo que estava equivocado quando imaginava que o Brasil tinha encontrado as políticas, econômica e social, certas para o seu desenvolvimento. Não fui capaz de avaliar a capacidade de análise, avaliação e discernimento da maioria. Acredito que por me basear numa minoria acabei por errar no diagnóstico. Um dos fatos que me levaram a cometer este grotesco erro foi à avaliação que fiz sobre os protestos em Recife sobre a ocupação do Cais José Estelita. Diante do protesto encabeçado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, que fazia uma bela e perfeita exposição sobre a utilidade pública do local e, especialmente, sobre os enormes ganhos econômicos, caso a prefeitura não permita que se instale o empreendimento imobiliário privado previsto para o referido local. Na minha máxima ignorância avaliei que se tratava de uma estupidez própria da desinformação e da falta de conhecimento sobre urbanização e sobre planejamento e economia. Vejo agora o quanto sou ignorante nestes assuntos. Pensei comido: Estes idiotas e ignorantes acreditam que dinheiro cai do céu. Como um Estado pobre ou uma Prefeitura paupérrima pode abrir mão de uma fonte de receita tributária para financiar investimentos públicos em favor da sociedade? Percebam quanta ignorância e desinformações me levaram a desconhecer o brilho intelectual, profissional e visionário dos que se opõe ao empreendimento Novo Recife, previsto para o Cais José Estelita. É claro que apesar da escassez de recursos tributários a Prefeitura do Recife fará um investimento com maior retorno econômico e principalmente social, investindo públicos em casas populares, parques, quadras esportivas, creches, escolas, píer para pesca amadora e outras brilhantes propostas dos nossos arquitetos de pleno domínio social e conhecimento econômico. A minha total ignorância e despreparo sobre economia e desenvolvimento fez com que desprezasse a inteligência e o conhecimento dessas pessoas, segundo expõe esta pesquisa. Não consegui pela ignorância que existe em mim reconhecer o acerto dos protestos contra a implantação do empreendimento no Cais Jose Estelita, acreditando que primeiro a prefeitura deveria investir em projetos de retorno econômico e tributário para que lhe possibilitasse investir no social. Agora eu sei que sou um bestial, pois é investindo primeiro no social que o setor público irá desenvolver a economia e construir um paraíso para a nossa sociedade. Viva o conhecimento. E, os que ignoram, assim como eu, possam ser educados para juntarem-se a essa massa pensante, que fará do Brasil uma potência universal.
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