Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O equívoco das boas intenções descritas pelo doutor Ricardo Barros. 1.A primeira é aprender a documentar as boas práticas. R - Esta proposta parece simples, mas requer um conhecimento científico especializado. Para isso existem várias organizações mundiais trabalhando neste assunto, mas que até agora os resultados são ainda pequenos mesmos nos grandes centros econômicos. Essa tarefa exige profissionais qualificados. Coisa rara em um país de analfabetos funcionais. É praticamente impossível até mesmo para o Instituto Ayrton Senna. Exemplo: Project Management Institute, com seu Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. Incentivos e sanções para que o gestor aplique esses exemplos. R – O problema começa exatamente na falta de preparo dos gestores, porque um título universitário por mais qualificado e avançado que seja não é suficiente para preparar e qualificar os gestores. Este é um enorme problema, inclusive para transmitir essa realidade aos profissionais brasileiros que buscam especialização na área de gerenciamento. O resultado desta contradição é que o ensino não era aproveitado porque os aprendizes já entravam no curso acreditando que o melhor técnico habilitado e qualificado é naturalmente o melhor gestor. E assim se faz educação no Brasil. Os alunos é que definem os conceitos e técnicas, sempre fundamentadas exclusivamente na prática do seu cotidiano. A minha maior tristeza foi sempre constar que profissionais não conseguem diferenciar administração de gestão ou gestão de administração. Esta é a regra, que admite exceções. Em determinado momento tivemos de começar a bater na tecla de como a nossa educação vai mal, de quanto nossos professores estão mal preparados. Como alguém que faz essa constatação pode sugerir soluções tão simplistas? Precisamos reformular o plano de carreira e mostrar para os professores que aqueles que se saírem bem serão reconhecidos. Plano de carreira é necessário e indispensável em qualquer área, é básico, mas não é instrumento de motivação e, muito menos, de qualificação. Não se pode tomar a causa como efeito nem o resultado como princípio para fundamentar uma verdade. Tem de haver um sistema de meritocracia que premie o professor cujo aluno saiu de um ponto e progrediu, mesmo que ele não tenha alcançado as notas mais altas. Meritocracia é um princípio democrático e não um elemento motivador. Se os princípios democráticos não são respeitados pela sociedade não adianta tentar implantar setorialmente. É perda de tempo porque se choca com a cultura dos indivíduos. É possível perceber que essa proposta por mais lógica que seja não tem eficácia porque partiu de premissas equivocadas e, portanto, os seus resultados são falhos, mesmo apresentando coerência. Exemplos localizados e individualizados não podem ser tomados como verdades absolutas para se obter a solução de problemas técnico e científico. Basta citar a necessidade do conhecimento didático-pedagógico para se ter uma superficial idéia da diversidade de saber exigido pela educação de qualidade. Quanto a distribuição de renda não é um assunto simplório. Como escreve Thomas Piketty em seu livro O Capital no Século XXI: “A distribuição de riqueza é uma das questões mais vivas e polêmicas da atualidade. Mas o que de fato sabemos sobre sua evolução no longo prazo? (...). O que realmente sabemos sobre a evolução da distribuição da renda e do patrimônio desde o século XVIII, e quais lições podemos tirar disso para o século XXI. Essas são as perguntas que procuro responder neste livro. Desde já advirto: as respostas a que chego são imperfeitas e incompletas. No entanto, elas se baseiam em dados históricos e comparativos muito mais extensos que os de todas as pesquisas anteriores – abrangendo três séculos e mais de vinte países – e numa estrutura teórica inovadora que permite compreender melhor as tendências e os mecanismos em operação”. Como podemos constar esse é um assunto de grande complexidade, que não pode ser tratado profissionalmente com pensamentos simplórios, uma vez que a falta de informação é grande.
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