sexta-feira, 30 de setembro de 2016

FMI recomenda ao Brasil mudanças no salário mínimo e reformas

FMI recomenda ao Brasil mudanças no salário mínimo e reformas

Um comentário:

  1. O FMI é um banco. É uma Organização financeira internacional criada em 1944 na Conferência Internacional de Bretton Woods (em New Hampshire, Estados Unidos). É uma agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Washington, e que faz parte do sistema financeiro internacional. Foi criado com a finalidade de promover a cooperação monetária no mundo capitalista, de coordenar as paridades monetárias (evitar desvalorizações concorrências) e de levantar fundos entre os diversos países-membros, para auxiliar os que encontrem dificuldades nos pagamentos internacionais. Portanto, não tem obrigação com a estrutura econômica mundial ou de Estados. O FMI tem compromisso exclusivo com o sistema financeiro internacional. O banco que faz parte do sistema financeiro internacional voltado para ajuste da estrutura econômica mundial é o BIRD – também ligado a ONU e conhecido ainda como Banco Mundial (World Bank). Foi Criado em 1944, na Conferência de Bretton Woods, teve o objetivo inicial de financiar os projetos de recuperação econômica dos países atingidos pela guerra. Fornece empréstimos diretos em longo prazo (15 a 25 anos) aos governos e empresas (com garantias oficiais), para projetos de desenvolvimento e assistência técnica. O FMI não se preocupa com a economia e seus elementos porque não faz parte dos seus objetivos fundamentais. Um dos últimos acordos do FMI para a sua reformulação é conhecido como Acordo de Jamaica. Ele foi assinado entre os países membros do FMI em reunião de janeiro de 1976 em Kingston
    (Jamaica), onde aprovaram alguns pontos de reordenamento do sistema monetário internacional. Esse documento enfatiza: 1) reconhecimento oficial do sistema de taxas flutuantes, embora dentro da recomendação da busca da estabilidade das taxas cambiais pelos signatários; 2) extinção do preço oficial do ouro, e compromisso do FMI em vender parte de seus estoques do metal para, com os recursos obtidos, formar-se um fundo de ajuda aos países subdesenvolvidos; reforço aos Direitos Especiais de Saque; 3) viabilização do acesso dos países subdesenvolvidos que tivessem problema com o desequilíbrio de seus Balanços de Pagamento, criado pela crise do petróleo em 1973, aos empréstimos do FMI. Pelo exposto é possível compreender porque as recomendações do FMI para o Brasil não tem como objetivo o desenvolvimento ou a recuperação econômica. Por essa razão, os seus conselhos ou prescrições têm caráter recessivo. Ao indicar a revisão da fórmula para cálculo do salário mínimo, a aprovação de um teto para os gastos públicos e as reformas da Previdência e trabalhista no Brasil o objetivo é gerar RECESSÃO para aumentar a necessidade de financiamento do Estado brasileiro por meio de empréstimos bancários, do próprio FMI e a venda de títulos públicos, que exigirá o aumento de juros para viabilizar a venda dos títulos. Isto se chama estratégia de negócio financeiro. É gerar dificuldades para vender facilidades. Não é maldade é negociação, é estratégia de mercado. O Brasil não está obrigado por lei a cumprir determinações do FMI. Logo, este negócio só beneficiará o sistema financeiro se os negociadores brasileiros concordarem ou forem corrompidos para aceitar. Só nos resta desejar boa sorte aos negociadores, as autoridades econômicas e aos brasileiros honestos e do bem.

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