Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
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Este assunto requer um estudo antropológico, sociológico, psicológico, político e histórico para que seja possível compreender a razão pela qual a cultura brasileira não passa pela aceitação plena e verdadeira da democracia pela sociedade e, em especial, pelas classes política e empresarial. Nos Eua já existe teoria como a de Noam Chomsky que relata: “Uma das características mais belas e admiráveis na democracia norte-americana é de que ela foi concebida por homens que buscavam corrigir as imperfeições e injustiças dos regimes monárquicos europeus. Mas não sejamos ingênuos. A democracia norte-americana é uma criação da elite intelectual de sua época. Todos os pais fundadores dos Estados Unidos eram homens ricos e bem educados, a maioria advogados ou diplomatas. Faltavam-lhes apenas o sobrenome nobre e o título aristocrático, por isso, inclusive, eram desprezados pela corte inglesa. O objetivo da república fundada por John Adams, Benjamin Franklin, Alexander Hamilton, John Jay, Thomas Jefferson, James Madison e George Washington era acabar com os privilégios dos reis e da aristocracia e entregar o poder para os burgueses. O bem estar do povo pobre e trabalhador nunca esteve em questão. Tanto que Noam Chomsky chama atenção para o fato de James Madison, durante debate sobre a constituição dos Estados Unidos, afirmar que a nova república deveria criar mecanismos para proteger os ricos do ‘excesso de democracia’. Por isso a democracia norte-americana se encontra hoje restrita a apenas dois partidos, republicano e democrata, onde o povo tem pouca margem de escolha e qualquer mudança no sistema é pontual, nunca estrutural.” - Carlos Eduardo. Há necessidade de construir hipótese e tese para explicar a conduta do brasileiro em relação ao regime democrático. Os fatos existem e, portanto, tal teoria não é impraticável. A corrupção não pode ser causa da negação do regime democrático porque as ditaduras também foram derrubadas com o mesmo argumento de práticas de corrupção. Esta é uma avaliação simplória e sem conteúdo técnico ou científico. O que se percebe é que a falta de educação e o condicionamento da sociedade para o regime de tutela contribui muito para a acomodação do brasileiro, que costuma delegar os seus interesses a outros e ficam a contemplar os resultados e a reclamar. É uma cultura da dependência e da submissão, talvez oriunda da colonização e da escravidão.
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