domingo, 11 de setembro de 2016

Especialistas veem risco para ensino e saúde com ajuste em gastos públicos - 10/09/2016 - Mercado - Folha de S.Paulo

Especialistas veem risco para ensino e saúde com ajuste em gastos públicos - 10/09/2016 - Mercado - Folha de S.Paulo

Um comentário:

  1. Os ideólogos pagos pelos ricos utilizam-se das ciências para expropriar a sociedade e os Estados Nacionais pregando o Estado Mínimo de forma sutil, como se tal proposta tivesse embasamento técnico ou científico. Utilizam-se de títulos universitários e/ou títulos profissionais para induzir os desinformados. Segundo William Sargan: “Crenças, boas ou más, falsas ou verdadeiras, podem ser implantadas no cérebro humano pela força, e como as pessoas podem ser convertidas a crenças inteiramente opostas àquelas que antes possuíam”. “... muitos tipos de conversão religiosa e política em seres humanos indica que, para a conversão ser efetiva, as emoções do paciente devem ser estimuladas até atingir a condição de raiva, medo ou exaltação”. “... entre as vítimas mais dispostas à lavagem cerebral ou conversão religiosa podem estar os extrovertidos simples e sadios”. O uso abusivo, muitas vezes, de falsos economistas e professores sem ética para implantar no cérebro humano, pela força, falácias e sofismas de economia é impensável em qualquer sociedade civilizada, especialmente as que já alcançaram o Estado do Bem-Estar social, como por exemplo a Dinamarca. Segundo CHOMSKY: Isso está basicamente correto. E, aliás, sem tirar nada de Howard, trata-se de um velho princípio. Acho que talvez a sua formulação clássica tenha sido dada por David Hume em “Dos primeiros princípios do governo”, onde mostrou que “a força está sempre do lado dos governados”. Seja ela uma sociedade militar, uma sociedade parcialmente livre ou o que nós - e não ele - chamamos de Estado totalitário, são os governados que detêm o poder. E os governantes têm de descobrir maneiras de impedir que eles exerçam esse poder. A força tem seus limites, portanto eles precisam usar de persuasão. Precisa, de algum modo, descobrir um jeito de convencer as pessoas a aceitarem a autoridade. Se não conseguirem fazer isso, tudo vai abaixo. Quando a coerção já não funciona, é preciso recorrer à persuasão. Nas sociedades ricas e desenvolvidas, isso se tornou uma forma de arte. Na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, as sociedades mais livres cerca de um século atrás, isso era claramente reconhecido pelos líderes, pelo Partido Conservador na Grã-Bretanha, pelos intelectuais nos Estados Unidos, que já se chegara ao limite da coerção. O povo conquistara liberdades demais – partidos parlamentares trabalhistas, sindicatos de trabalhadores, grupos de direitos das mulheres. Assim, era preciso recorrer ao controle dos comportamentos e da opinião. Esta é a origem da indústria de relações públicas. Edward Bernays, o guru da indústria americana de relações públicas, um progressista liberal, exprimiu a ideia geral, que não era nova para ele: “A nossa deve ser uma democracia de liderança administrada pela minoria inteligente, que sabe como arregimentar e guiar as massas”. Temos de algum modo de persuadir ou mudar o comportamento da população, para que ela se disponha a nos ceder parte do poder. Todos os que apresentam esse tipo de perspectiva fazem sempre parte da "minoria inteligente". E o modo como fazemos isso é pela propaganda. O termo era usado abertamente na época. Na realidade, Bernays deu a seu livro o título inglês de Propaganda. A palavra inglesa ganhou más conotações na década de 1930, mas antes disso era usada abertamente (como em português ainda hoje). Hoje é chamada de publicidade ou relações públicas. São estas as fundações das indústrias de controle de opiniões e comportamentos, que levam as pessoas ao consumismo e as marginalizam de diversos modos. Enormes somas são destinadas a isso. O marketing é sobretudo uma forma de propaganda. Se todos acreditassem nos mercados, o que só os ideólogos fazem, mas se, por exemplo, as empresas acreditassem nos mercados, não fariam nada parecido com o marketing que fazem hoje. Se você fizer um curso de economia, eles lhe ensinam que os mercados se baseiam em consumidores informados que fazem escolhas racionais. Mas as empresas destinam rios de dinheiro para tentar criar consumidores desinformados que fazem escolhas irracionais.

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