Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Não conheço na literatura científica sobre economia nenhuma teoria que considere recessão como solução para problemas da atividade econômica. Somente no Brasil os “especialistas” adotam medidas que resultam em queda da produção, aumento do desemprego, diminuição da taxa de lucros e crescimento dos índices de falências e concordatas como pré-requisitos para resultar no futuro crescimento econômico. Não sei onde eles aprenderam essa tese ou aplicaram tais ações com êxito. A história econômica no Brasil e na América latina apresenta fatos que negam qualquer viabilidade de recuperação econômica por meio de recessão. Acredito que estes “especialistas” confundem crescimento do sistema financeiro com crescimento econômico. Está historicamente comprovado no Brasil e no mundo que as recessões induzem o crescimento do setor financeiro, talvez em razão da alta dos juros e de ganhos com a dívida pública, mas a atividade econômica sempre é prejudicada e quando tem algum ganho é muito pequeno e por pouquíssimo tempo, logo retornando a recessão ainda com mais força. Como os “especialistas” continuam insistindo nesta receita com recessão, possivelmente o resultado positivo seja uma questão de tempo e de destino, que até agora não ocorreu. Quando tiverem auferido ganhos reais para a economia haverá duas vitórias: uma pelo crescimento consistente e duradouro da economia, juntamente com o crescimento do setor financeiro, e a segunda haverá a comprovação da tese, gerando uma nova teoria econômica, que dará aos responsáveis pela implantação e comprovação o prêmio Nobel. Sobre esse assunto o economista Paulo Sandroni expõe que esse pensamento decorre de imposição do Consenso de Washington, ou seja, Trabalhos e resultado de reuniões de técnicos do FMI, do Bird e do Tesouro dos Estados Unidos realizadas em Washington D.C. no início dos anos 90. Desse acordo surgiram propostas de ação econômica que pelo menos no que se refere à América Latina tem resultado no êxito do combate à inflação nos países em que, durante os anos 80 e mesmo no início dos anos 90, atingia níveis inaceitáveis, salientando que embora os países que seguiram tal receituário tenham sido bem-sucedidos no combate à inflação, no plano econômico e social as conseqüências foram desalentadoras: um misto de desemprego, recessão e baixos salários, conjugado com um crescimento econômico insuficiente, revela a outra face dessa moeda. Demonstra que a atividade econômica não é favorecida. O combate à inflação por esse caminho traz ganhos significativos para a inflação e o mercado financeiro. O índice de crescimento passa a ser positivo, porque o setor financeiro cresce mesmo com queda da produção, do emprego e baixos salários, elementos que caracterizam a economia. Há na verdade uma confusão entre crescimento econômico e crescimento financeiro.
ResponderExcluir