quinta-feira, 15 de agosto de 2019
Desigualdade cresceu em todos os trimestres após o golpe contra Dilma - Brasil 247
Desigualdade cresceu em todos os trimestres após o golpe contra Dilma - Brasil 247: A FGV Social lança nesta quinta-feira pesquisa sobre a evolução da distribuição de renda brasileira com dados até junho de 2019. Não houve trégua: nos últimos quatro anos, após o golpe contra Dilma, em 2016, a desigualdade subiu todos os trimestres. A renda do trabalho da metade mais pobre caiu 18,1% em termos reais e a dos 1% mais rico aumentou 9,5%
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As metas da Política Econômica neoliberal estão sendo alcançadas com muita precisão e facilidade. Muitos se enganam, até mesmo alguns economistas, quando falam de política econômica e sua relação com a teoria econômica. Não existe e nunca existiu um só governo que tenha elaborado plano econômico, programa de governo ou política econômica seguindo os princípios e as determinações da teoria econômica. Os governos utilizam-se da Teoria Econômica para elaborar Politica Econômica em defesa de certos interesses ou interesses de grupos privilegiados da sociedade. Quando se fala em economia aplicada, muitos acreditam que se trata da aplicação de teoria econômica. Este é um grande e grave equivoco. Há pensamentos de grandes pensadores que demonstram a inexistência da relação direta entre política econômica de governos e a Teoria Econômica. É imprescindível entender o que é Estado para compreender que não há condições políticas para a aplicação direta e objetiva da teoria econômica por um governo, seja ele conservador ou liberal, capitalista ou socialista. A teoria econômica é uma verdade cientifica, portanto originária da dialética. Nessa condição tem as condições necessárias para demonstrar os erros e equívocos de uma política econômica do Estado porque se originou de contradições. A teoria econômica é um guia de orientação crítica às políticas econômicas de diferentes governos. A teoria econômica é uma verdade de origem dialética que pode e deve ser usada para a crítica fundamentada. Não pode ser criticada ou condenada por não ser aplicada por governos e pelo Estado. A negação da verdade científica da teoria econômica é uma estratégia neoliberal que os heterodoxos aceitam para desacreditar as Ciências Econômicas. Os neoliberais condenam o único instrumento capaz de demonstrar que os governos e o Estado são dirigidos por neoliberais e por kleptocracias. Friedrich Engels em seu livro ‘A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado’ explica claramente o que é e a serventia do Estado. Este tratado materialista histórico de Friedrich Engels lançado em 1884 descreve: “O Estado não é, pois, de modo algum, um poder que se impôs à sociedade de fora para dentro; tampouco é "a realidade da ideia moral", nem "a imagem e a realidade da razão", como afirma Hegel. É antes um produto da sociedade, quando esta chega a um determinado grau de desenvolvimento; é a confissão de que essa sociedade se enredou numa irremediável contradição com ela própria e está dividida por antagonismos irreconciliáveis que não consegue conjurar. Mas para que esses antagonismos, essas classes com interesses econômicos colidentes não se devorem e não consumam a sociedade numa luta estéril, faz-se necessário um poder colocado aparentemente por cima da sociedade, chamado a amortecer o choque e a mantê-lo dentro dos limites da "ordem". Este poder, nascido da sociedade, mas posto acima dela se distanciando cada vez mais, é o Estado”. Nós não podemos pensar sequer em explicar uma política econômica de Estado pela Teoria Econômica, mas podemos usar as Verdades da Teoria Econômica para demonstrar os erros da política econômica e o que deveria ser caso o governo aplicasse a Teoria Econômica ou as Ciências Econômicas para elaborar a política econômica do Estado. Não podemos ser pautados pelas estratégias neoliberais de desacreditar as Ciências Econômicas porque é a única verdade capaz de desvendar as manipulações neoliberais em favor de certos interesses.
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