Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
domingo, 6 de agosto de 2017
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A perseguição política é uma prática muito antiga no mundo todo. A novidade dessa perseguição política contra Lula está no uso do aparelho legal, ou seja, do Poder Jurídico. Dante Alighieri, autor da obra A Divina Comédia também sofreu perseguição política no século XIV, embora sem a participação de juízes e procuradores, como acontece com Lula no Brasil e Assange ( fundador do WikiLeaks) na Suécia. Dante Alighieri nasceu em florença, em maio de 1265, filho de dona Bella e de Aldighiero Alighieri. De família nobre e abastada, dedicou-se desde cedo aos estudos, sendo que o célebre Brunetto Latini foi um dos seus mestres. Estudou letras e ciências, não se descuidando do desenho e da música. Mais tarde aplicou-se também à teologia. Moço ainda, Dante participou da vida política da sua cidade. Em 1289, os exilados florentinos, juntando-se aos outros gibelinos de Toscana, tentaram invadir a República. O exército florentino deu-lhes batalha em Campaldino no dia 11 de junho de 1289, conseguindo derrota-los. Dante participou destas operações militares, combatendo na cavalaria. Pouco depois, participou também do assédio ao castelo de Caprona. Sendo necessário, para conseguir cargos da República, pertencer a uma corporação, Dante se inscreveu na dos médicos e farmacêuticos, que era a sexta entre as assim chamadas Artes Maiores. Sua atuação na vida pública foi brilhante. Conforme diz Boccaccio, em Florença não se tomava nenhuma deliberação sem que ele desse a sua opinião. Várias vezes foi embaixador da República, várias vezes pertenceu ao Conselho do Estado, e, finalmente, em 1300, obteve o cargo de “priori”, que era a suprema magistratura política de Florença. Conforme ele mesmo diz, numa de suas cartas, as suas desgraças se originaram da sua eleição ao priorado. A cidade de Florença era dividida em dois partidos: os Brancos e os Pretos, que determinavam frequentes conflitos, disso resultando que os priores, entre os quais Dante, resolveram exilar entre os cabeças, pertencentes às mais ilustres famílias de Florença. Os Pretos, porém, encontraram uma ocasião propícia para obter o mando na cidade e oprimir os seus inimigos. Aproveitando-se da passagem por Florença de Carlos de Valois, irmão do rei da França, em viagem para Roma, conseguiram convencê-lo e convencer ao Papa Bonifácio VIII, de que os Brancos eram inimigos da Casa de França e da Cúria Romana. Os notáveis da cidade enviaram embaixadores ao Papa, e entre eles, Dante, para dissuadi-lo do intuito de entregar a cidade à parte mais facciosa. Bonifácio, porém, tergiversando, manteve os embaixadores florentino na expectativa, enquanto Carlos de Valois empossava os Pretos no mando de Florença, resultando daí um período de violências e saqueios. Maldizendo a perfídia da Cúria Romana, partiu Dante de Roma para voltar para a Toscana. Chegando, porém, nas proximidades de Florença, soube que os seus inimigos, acusando-o de ser gibelino, e ainda, de ter-se aproveitado do dinheiro público, o tinham condenado ao exílio, e a pagar uma pesada multa e que as suas possessões haviam sido depredadas. ( Editora Atena). Mais uma lição que vem da Itália.
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