Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quarta-feira, 19 de julho de 2017
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A aplicação da teoria econômica na prática não causa recessão ou depressão. Não existe registro histórico ou comprovação científica de que a política econômica que produz baixo índice de desemprego e aumento real de salário possa causar recessão ou depressão. Recessão é redução acentuada da atividade econômica de um país, caracterizada por queda na produção, aumento do desemprego, diminuição do volume de negócios e da taxa de lucro, crescimento dos índices de falências e concordatas (nem sempre acompanhada por queda também nos preços) -- que pode restringir-se a um breve período ou estender-se por muito tempo, configurando, neste caso, uma depressão ou crise econômica. Afirmar que as boas práticas econômicas causam recessão é discurso político ou discurso político-econômico, isto é, discurso neoliberal. É de natureza neoliberal afirmar que a teoria econômica seja uma prática político-partidária. Foi assim na Inglaterra com Margaret Thatcher (Em 1948, uma jovem formada em Química estava à procura de um emprego na ICI, empresa britânica de química industrial. Porém, o trabalho lhe foi negado porque o Departamento de Recursos Humanos a considerou como “uma mulher teimosa, obstinada e perigosamente opinativa”. No mesmo ano, depois desse episódio, Margaret Hilda Roberts se filiou ao Partido Conservador do Reino Unido). A Dama de Ferro, como foi apelida pela imprensa soviética, não se importava em tomar decisões que a tornariam impopular. Em uma delas, cortou as verbas destinadas aos programas sociais com o objetivo de colocar em prática a cartilha do capitalismo, difundiu o Thatcherismo como doutrina pelo mundo. Foi a era dos governos neoliberais e privatizadores, junto com o governo americano de Ronald Reagan. Durante sua passagem por Downing Street, a baronesa Thatcher operou uma série de privatizações que reduziram o poder do Estado. Ela foi odiada pelos trabalhadores e adorada pelos capitalistas, a morte de Thatcher resultou tanto em homenagens na porta de sua casa como em comemorações pelo seu falecimento. O jornal francêsLibération fez algumas entrevistas com operários que trabalhavam nas minas em 1980. Um deles disse: “Quando ela morrer, nós faremos a festa!” E foi o que se viu em alguns locais da Grã-Bretanha, principalmente no bairro de Brixton, em Londres. Faixas em que estava escrito “A bruxa está morta” dá uma dimensão do ódio nutrido por parte da população em relação à Margaret Thatcher. Eleita primeira-ministra em 1979, passou a privatizar uma série de empresas, cortar impostos e gastos públicos e a desmantelar inúmeros programas sociais oferecidos à população. O Thatcherismo se caracterizou pela adoção das regras econômicos neoliberais e pela condução conservadora da política de Estado, principalmente diminuindo o atendimento às reivindicações dos trabalhadores. Medidas semelhantes iriam se espalhar pelo mundo durante a década de 1990 e estão na origem da crise econômica iniciada em 2007. Esta crise foi o auge das práticas neoliberais com a adoção dos subprimes pelo sistema financeiro americano, sob a orientação e incentivo do Banco Central dos Estados Unidos. Contrariaram a teoria econômica e destruíram a economia mundial, cujas conseqüências é possível observar até os dias de hoje.
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