Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
A violência do Estado contra o cidadão ou cidadãos que buscam a justiça e use a coerência na busca por direitos para o cidadão e justiça social é uma constante no mundo e em todas as épocas. Podemos citar alguns casos mais recentes como Nelson Mandela na África do Sul, Edward Snowden nos EUA e Lula no Brasil ou podemos recorrer a História e buscar casos como o da Inquisição - tribunal eclesiástico instituído pela Igreja católica no começo do século XIII com o fito de investigar e julgar sumariamente pretensos hereges e feiticeiros, acusados de crimes contra a fé católica. Mas tudo isso passa e o avanço se faz presente na derrota do apartheid - regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca. Da Idade Antiga a Idade Contemporânea não faltam histórias de violência na luta por direito e justiça. A História de injustiça não inicia aqui nem se encerra com Moro, especialmente quando se trata da luta em defesa dos trabalhadores. A história da luta sangrenta entre capital e trabalho, onde o Estado está a serviço do capital não se encerra aqui. A luta é pela distribuição da riqueza e da renda como relata Thomas Piketty: No dia 16 de agosto de 2012, a polícia sul-africana interveio num conflito entre os trabalhadores da mina de platina de Marikana, perto de Joanesburgo, e os responsáveis pela exploração dos recursos, os acionistas da companhia Lonmin, cuja sede fica em Londres. As forças policiais atiraram nos grevistas com munição de verdade; no balanço, 34 mineradores mortos. Como é muito comum nesses casos, o foco do conflito era a questão salarial: os mineiros queriam que sua remuneração passasse de 500 para 1.000 euros por mês. Depois dos trágicos acontecimentos, a empresa propôs, por fim, um aumento de 75 euros mensais Esse episódio recente serve para nos lembrar, se é que isso é necessário, que a questão da repartição da produção entre a remuneração do trabalho e a do capital sempre constituiu a principal dimensão do conflito distributivo.
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