Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quarta-feira, 26 de julho de 2017
Empresário diz que rentismo do governo Temer é indecente | Brasil 24/7
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O despreparo técnico e intelectual sobre negócios que existe entre as lideranças empresariais brasileiras trouxe de volta a política neoliberal para dentro do governo e para conduzir a política econômica do Brasil. Eles, mesmo depois de constatar o fracasso das políticas neoliberais e os danos causados aos negócios brasileiros, fazem reivindicações para que se promova um estado mais enxuto, assim como faz o empresário César Prata, vice-presidente da Abimaq, numa demonstração clara de desconhecimento do que está exigindo, pois requer do governo a manutenção do epicentro da política neoliberal. Política neoliberal é rentista, é de sua natureza. O estado mais enxuto só existe para promover o rentismo porque a política de incentivo a demanda é inexistente ou desmontada com os estado mínimo. Esse tipo de exigência só pode existir por falta de conhecimento ou ignorância sobre política econômica. O senso comum só conhece o que os cinco sentidos do homem conseguem alcançar e isso engana a razão e inviabiliza a ação sobre os fenômenos humanos e da natureza. A ciência existe para evitar os enganos ou erros provocados pelo senso comum. Só o conhecimento científico é capaz de resolver os problemas no médio ou longo prazo. A ignorância só atrapalha, por mais que se tenha boa intenção. As pessoas com ausência de conhecimento e os economistas de meia-formação científica adoram o neoliberalismo porque não requer estudo intenso ou pensamento complexo. São simplórios, por isso, têm facilidade de convencer o senso comum. É natural que assim seja porque “O desenvolvimento dos conceitos, dos significados das palavras, pressupõe o desenvolvimento de muitas funções intelectuais: atenção deliberada, memória lógica, abstração, capacidade para comparar e diferenciar” - Lev Semenovich Vygotsky. Assim, os neoliberais aproveitam o simplório para persuadir a maioria desprovida do saber. Sem consciência as lideranças empresariais criticam o neoliberalismo porque produz um ambiente negativo para a economia em benefício do rentista e, ao mesmo tempo, exige a aplicação de quase todas as propostas do pensamento neoliberal, tais como: a) diminuição do tamanho do estado; b) participação mínima do estado nos rumos da economia; c) pouca intervenção do governo; d) política de privatização de empresas estatais; e) livre circulação de capitais internacionais, com ênfase na globalização; f) abertura da economia para a entrada de multinacionais; g) adoção de medidas contra o protecionismo econômico; h) desburocratização do estado; i) posição contrária aos impostos e tributos; j) aumento da produção, sem aumento da renda pessoal; l) oposição ao controle de preços dos produtos e serviços, ou seja, acreditam que a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços; m) benefícios e privilégios apenas para empresas privadas; n) defesa do capitalismo selvagem. Enfim, embora citem a economia chinesa como símbolo do crescimento, eles parecem ignorar que a economia chinesa tem a participação do estado para definir os seus rumos. Não percebem que a economia chinesa é a que mais cresce no mundo e de forma ininterrupta com a participação do estado em suas regras. Não se consegue algo quando não se sabe o que quer, ou ainda, ao repetir os mesmos procedimentos não se obtém resultado diferente. O Brasil só poderá dar certo quando o empresariado brasileiro conhecer ou for assessorado por quem conhece profissionalmente pelo menos: Economia; Direito; Contabilidade; Administração e Engenharia. Não existem no mundo grandes empresas ou empresas grandes de empresários ignorantes ou analfabetos.
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