Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Mestres na arte de prolongar os processos. Esse adiamento serve apenas para consolidar a estratégia que levou a substituição do governo Dilma pelo governo Temer. Esse movimento que muitos juristas afirmam que se trata de um golpe de estado moderno teve como alternativa não consolidada o Plano: UMA PONTE PARA O FUTURO. Esse plano tratava-se de uma idéia política (neoliberal) para “viabilizar” o desenvolvimento do Brasil. Desde a sua formulação ou de suas diretrizes no início dos anos 90 pelo FMI, Banco Mundial e Tesouro dos EUA para ser aplicada em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento submissos as determinações de Washington nunca funcionou. Hoje, o próprio FMI admite a sua inoperância, mas ainda serve aos propósitos do capitalismo selvagem (bancos e Fiesp). Por isso, fez-se o impeachment sem crime de responsabilidade, conforme auditoria de técnicos do governo sobre as acusações. Todas as análises e auditorias técnicas sobre as questões levantadas e consideradas como crime de responsabilidade foram negadas técnica e cientificamente, portanto não houve o alegado crime de responsabilidade. A maior prova ficou por conta do julgamento final que manteve os direitos políticos da presidente acusada, demonstrando reconhecer que não houve o crime alegado. Fato que gerou ódio dos articuladores do impeachment sem crime porque referendou o que os técnicos afirmaram. Mas isso é passado! Vamos à continuidade da estratégia e os seus objetivos. O adiamento deve ter como propósito manter o Temer para que as metas do capitalismo selvagem sejam alcançadas. Entre as mais claras estão as reformas: trabalhista, terceirização e da previdência social. Mas, tais reformas não é o objetivo real. O objetivo real é mais cruel. Ele resume-se no fato de que de 2004 até 2014 o Brasil cresceu e este crescimento econômico foi realizado com distribuição de renda, reconhecida e elogiada pelo mundo todo. Aqui está o centro da crise política e econômica formatada para satisfazer os interesses do capitalismo selvagem. A partir dessa constatação as empresas e os empresários nacionais e internacionais resolveram que a parte que lhes coube nesse crescimento não foi suficiente e resolveram se apropriar de parte da renda ou de toda a renda que havia sido distribuída com os trabalhadores e a sociedade. E é isso que esta acontecendo. O processo é simples: cria-se a recessão duradoura para que a taxa de retorno do capital possa ser superior a taxa de crescimento da economia. Com isso, há uma transferência de renda para as empresas e os empresários sem que a sociedade perceba. Assim, as empresas e os empresários se apropriaram da renda que havia sido distribuída com os trabalhadores e a sociedade. Feito isto, pode-se por fim ao ciclo da crise política e econômica, restabelecendo a democracia e elegendo um governo que possa fazer o Brasil crescer novamente, com redistribuição de renda até que se forme outra crise para que as empresas e os empresários se apropriem da renda destinada aos trabalhadores e a sociedade. Dessa forma, as empresas e os empresários ganham quando a economia estiver crescendo e depois com a recessão que gera taxa de retorno do capital maior do que a taxa de crescimento. É ganha-ganha para empresas e empresários e perde-perde para os trabalhadores e a sociedade. Em outras palavras essa decisão do TSE está alinhada com a estratégia que resultou na substituição sem eleição do governo eleito. Dois anos, ou seja, até 2018, é um tempo muito bom para que se faça essa transferência de renda do trabalhador e da sociedade para as empresas e os empresários. Eles sabem o que dizem e o fazem.
ResponderExcluir