Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O diálogo do Léo Pinheiro com o João Vaccari deve ter sido escrito por um autor de novela ou o erro decorreu da falta de conhecimento dos processos e procedimentos, que são próprios das entranhas do serviço público, pelo Léo Pinheiro e os procuradores. Veja só a aberração: Disse Léo Pinheiro “Eu usei valores de pagamentos de propina para poder fazer um encontro de contas, ao invés de pagar x, paguei x menos despesas que entraram no encontro de contas. Não saiu caixa, houve apenas o não pagamento do que era devido”, disse ele. “Quando dona Marisa e o presidente estiveram no apartamento, e nós fizemos o projeto, eu levei para Vaccari e isso fez parte de um encontro de contas com ele. Vaccari me disse naquela ocasião que como se tratavam de compromissos pessoais, ele iria consultar o presidente. Voltou pra mim e disse: ‘você pode fazer o encontro de contas’. Então, sem dúvida se ele [Lula] sabia ou não, claro que ele sabia”. Qualquer ingênuo do serviço público assim como os corruptos sabe que o dialogo é uma ficção porque para ser verossímil o Léo Pinheiro deveria ter dito diferente. Ele deveria ter construído o diálogo dizendo: Vaccari me disse naquela ocasião que (poderia podia fazer o encontro de contas porque ele já estava ciente dos fatos por se tratar de compromissos pessoais do presidente). Essa historinha do Léo Pinheiro não reflete a realidade dos procedimentos no setor público. Onde um subordinado do serviço público vai perguntar se pode autorizar pagamentos pessoais ilegais do seu superior. Isso é brincadeira! Na declaração do Léo Pinheiro tem outros erros elementares, como, por exemplo, quando ele diz: “Já me foi dito que era do presidente Lula e de sua família, que eu não comercializasse e tratasse aquilo como uma coisa de propriedade do presidente”, para incriminar o Lula, esquecendo que era do presidente porque até então o presidente tinha uma proposta de compra e venda do apartamento. Talvez muitos não saibam, mas o contrato de compra e venda assinado antes da aquisição do imóvel garante o direito de reserva à parte interessada porque ela adianta parte do pagamento. Não se pode ser ingênuo ou ignorante para aceitar historinhas de corruptor, que muitas vezes faz acusação contra outro ou outros para se livrar da barreira que lhe é colocada para impedir o descaminho ou a corrupção. A falta de profissionalismo no Brasil ocorre até no crime organizado, como nesse caso possivelmente por desconhecer o interior da máquina pública. Não tenho procuração do Lula para defendê-lo, mas me tragam provas e não manipulações por interesses econômicos e politiqueiros porque não sou ingênuo nem crápula para aceitar esse joguete. Quando tiver provas serei o primeiro a condenar o Lula, mas sem prova não espere uma conduta corrompida ou pervertida da minha parte. Não compactuo como crime ou com criminosos mesmo quando se tratar de autoridades públicas.
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