Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Não temos por que duvidar de que a dívida não é um problema. Nunca soube de que dívida podia ser um problema. A dívida é naturalmente uma alternativa de solução. O problema é o pagamento da dívida, especialmente quando as parcelas para amortização da dívida crescem por média geométrica em razão das estratosféricas taxas de juros brasileiras enquanto a receita cresce por meio de média aritmética. Mas, é claro, um ideólogo dos bancos está impedido por uma questão de lealdade ao sistema financeiro e, expresso, descumprimento da ética profissional do economista de dizer a verdade. Assim, prefere culpar a previdência dos Estados que é regulada oficialmente para evitar damos aos previdenciários/sociedade e arca com as suas responsabilidades financeiras fundamentadas por um efetivo sistema de arrecadação e financiamento compatíveis com os encargos assumidos e regras atuariais que garantem a sua estabilidade e o seu equilibro econômico-financeiro. Para ser mais claro e direto: A falta de responsabilidade de profissionais que não honra a sua profissão e não zelam pela dignidade do profissional ao obrigar-se a respeitar e cumprir com as suas obrigações profissionais e éticas é o nosso grande problema. O dinheiro e o Poder são capazes de deformar um caráter fraco, mas não serve de justificativa para a falta de responsabilidade do profissional para com a sociedade. Folha de pagamente e, portanto, salário nunca foi problema para qualquer sistema capitalista, pois se trata da alma de uma economia de mercado. Foi esta a razão de se extinguir a escravidão quando surgiu a economia de mercado e, especialmente, a economia capitalista. O que ideólogos do governo dos ricos estão planejando é uma maneira de aumentar a taxa de emprego por meio de uma técnica denominada de Additional Worker Hypothesis. É uma falácia ou um sofisma usado para enganar politicamente a sociedade porque produz um crescimento do emprego apenas nas faixas de menor salário em razão da necessidade das famílias mandarem para o mercado de trabalho mais pessoas para manter a renda familiar anterior. Este procedimento favorece as empresas que passam a ter mais mão-de-obra sem aumentar a folha de salário em razão da queda dos salários e porque os trabalhadores se submeterem a ganharem de salários abaixo do nível de subsistência. Tecnicamente o Additional Worker Hypothesis é um processo no qual a queda da renda real de uma família durante um período de recessão pode resultar num efeito-renda na medida em que a mesma família tenderá a incorporar um número maior de seus membros no mercado de trabalho com a finalidade de manter o nível de renda da família. Segundo esta concepção, a taxa de participação dos trabalhadores na força de trabalho ativa tenderia a evoluir de maneira contrária ao ciclo econômico, isto é, aumentaria na fase de recessão e diminuiria na fase de alta da produção ou PIB. Na medida em que a oferta de postos de trabalho diminui na fase de recessão, esta hipótese não se confirma na prática. Na prática, as pesquisas mostram que a taxa de emprego aumenta na fase de expansão e diminui na fase de recessão. A verdade dsta hipótese se limitaria apenas a algumas faixas de trabalhadores de baixos salários cuja renda familiar já se encontra próxima do nível de subsistência e cujos membros, para evitar a miséria e a fome absoluta, aceitam empregos que pagam salários ou que têm uma remuneração muito baixa. Por fim trata-se de mais uma manipulação da opinião pública para influenciar os trabalhadores.
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