Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O objetivo dos financiadores do impeachment não buscava a derrubada do governo como um fim em si mesmo. Os financiadores buscavam e buscam desacreditar a política e os políticos denunciando práticas do jogo político que eles, os financiadores, contribuíram para institucionalizar por meio do mecanismo da negociação ou “corrupção”, ou ainda, do instrumento legal de negociação, como nos Estado Unidos, conhecido como lobby (atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance, mas sem buscar o controle formal do governo). É isso, nos Estados Unidos e outros países, inclusive na América do Sul, essa prática foi legalizada por meio da lei do lobby. Eles financiavam antes do impeachment e continuam financiando a guerra contra a política e os políticos, ou seja, contra a democracia, como meio dominante para aprovar no Congresso os seus interesses, promovendo as reformas: trabalhista; a PEC 55 - que congela o gasto público por vinte anos e permite a transferência de riqueza ao Sistema Financeiro; a Reforma da Previdência; a PLC 30/2015 - que amplia a terceirização para quaisquer atividades e tudo mais que seja do negócio lucrativo de um governo dos ricos para os ricos. Faz parte de uma estratégia mundial de manutenção e aceleração da concentração de renda. Este projeto foi denunciado por Noam Chomsky em seu documentário: “Os 10 princípios da concentração de riqueza e poder da plutocracia ou Réquiem para um Sonho Americano” ao falar sobre os princípios que fundamentam as táticas da plutocracia: 1. Reduzir a democracia: como uma das maiores preocupações para proteger os ricos do “excesso” de democracia, criando mecanismos para que ela “não fugisse do controle”; 5. Atacar a noção de solidariedade: obedecendo a máxima de “tudo para mim, nada para os outros” de Adam Smith, como a educação pública e a previdência social foram atacadas e diminuídas. Partindo desses exemplos, Chomsky mostra como o capitalismo atua para minar nossa capacidade de sentir empatia e solidariedade com o outro, conquistando nossas mentes e nos fazendo refém do egoísmo mais tóxico e abjeto possível; 7. Financiar as eleições: grandes corporações financiando as campanhas presidenciais caríssimas que geram governantes que ficam na mão delas, em um círculo vicioso absurdo; 8. Manter o povo na linha: o ataque ao sindicalismo e todas as organizações de trabalhadores; 10. Marginalizar a população: “marginalizar” no sentido de excluir o povo das discussões principais, da participação democrática, minando o controle social e gerando cidadãos apolíticos que se engalfinham num ódio à política e ao governo absolutamente cego; que compromete e lesa os maiores interessados na melhoria da sociedade. A implantação e o desenvolvimento desses procedimentos para garantir os interesses dos ricos foram comprovados pelas estatísticas do Credit Suisse, que em pesquisa verificou o aumento da desigualdade e da concentração de renda no mundo desde a crise financeira internacional de 2008. Segundo os estudos do Credit Suisse 1% da população mundial passou a concentrar metade de toda a riqueza do planeta e que esta concentração está em processo de aceleração.
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