Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
A FIESP ao negar-se a tomar parte com as suas obrigações tributárias para a estruturação e equilíbrio do Estado brasileiro tornou-se uma das maiores financiadoras do Golpe Parlamentar de 2016 no Brasil, criando as condições para a concretização de um provável caos institucional e social. Esta queda da Bolsa pode ser o início de uma grande recessão e convulsão social no Brasil. Segundo Rousseau: “Povoai por igual o território, estendei por toda parte os mesmos direitos, levai a toda parte os mesmos direitos, levai a todos os lugares a vida e a abundância. É assim que o Estado se tornará a um tempo o mais forte e o melhor governado possível”. “Quando o Estado é constituído, a residência prova o consentimento; habitar o território é submeter-se à soberania”. A indução a desobediência civil e o estímulo a subversão a ordem institucional não corresponde aos ensinamentos de Rousseau. Thomas Piketty chama atenção em seu livro ‘O Capital no Século XXI’ sobre a importância do imposto para o equilíbrio social e político do Estado, quando faz referência ao mais importante economista patrono do liberalismo econômico David Ricardo. Escreve Thomas Piketty a respeito de Ricardo: “Estava, acima de tudo, interessado no seguinte paradoxo lógico: se o crescimento da população e da produção se prolonga, a terra tende a se tornar mais escassa em relação aos outros bens. De acordo com a lei da oferta e da demanda, o preço do bem escasso – a terra – deveria subir de modo contínuo, bem como os alugueis pagos aos proprietários. No limite, os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nacional, e o restante da população, uma parte cada vez mais reduzida, destruindo o equilíbrio social. Ricardo via como única saída lógica e politicamente satisfatória a adoção de um imposto crescente sobre a renda territorial. Essa previsão dramática não se verificou: a remuneração da terra ficou alta por um longo período, mas, ao final, o valor das terras agrícolas em relação às outras formas de riqueza caiu à medida que o peso da agricultura na renda nacional diminuiu. (...). Ainda assim, sua intuição sobre o preço da terra não deixaria de ser interessante: o “princípio da escassez” preconiza que alguns preços podem alcançar valores altíssimos ao de várias décadas. Isso pode ser o suficiente para desestabilizar a política, a economia, os arranjos sociais, enfim, sociedades inteiras. O sistema de preços desempenha papel fundamental de coordenar as ações de milhões de indivíduos – no caso do mundo atual, de bilhões de indivíduos. O problema é que o sistema de preços não conhece nem limites, nem moral.”. Esse mesmo raciocínio serve para explicar a necessidade de se tributar a indústria e o sistema financeiro para assegurar a estabilidade da política, da economia, dos arranjos sociais e de toda a sociedade brasileira. Sem isso, haverá confusão e o caos cedo ou tarde.
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