Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Vamos começar do começo. O ministro do planejamento não falou demais. Ele apenas expôs o que todos que acompanham a trajetória dele já sabiam. Comprovou que não tem habilidade política e, muito menos, técnica para exercer um cargo de tão elevada responsabilidade para uma economia em desenvolvimento. O problema de maior relevância para a administração da economia brasileira não está na escassez de recursos produtivos, porque isto representa muito pouco para a imensa riqueza econômica do Brasil. O real problema começa na falta de empreendedores e de gestores empresariais qualificados. Não temos tradição nestas áreas e não possuímos escolas de negócios obrigatórias para empresário. Tudo que possuímos é uma formação mediana, ou seja, pouco profissional, disseminada pelo SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas, que faz o possível para desenvolver empresas e “empresários”. Precisamos de escolas de negócios de altíssimo nível, como exigência preliminar para a formação do empresário, com graduação de nível superior e pós-graduação para que possamos nos equipará aos padrões europeus e norte-americanos. Os “economistas” brasileiros que fazem análises para os meios de comunicação são em sua maioria despreparados por falta de conhecimento. Muitas vezes são curiosos e autodidatas, não dotados para o estudo de economia, que trabalham no mercado de capitais ou em bancos e buscam apenas um meio de sobrevivência prático. São charlatões com ou sem diploma, não possuem registro em conselho de economias para garantir a sua qualificação e habilitação ou quando muito tem pós-graduação na área de ciências econômicas, porém sem a graduação em economia que lhe permitiria o verdadeiro e completo conhecimento profissional sobre ciências Econômicas e posterior especialização na pós-graduação. Em outras palavras, são pós-graduados que conhece uma pequena parte das ciências econômicas, mais pelo exercício prático e, portanto, limitado a experiência. Isto não permite que possa fazer análise econômica nem mesmo na sua área de especialização dado o estreito nível de conhecimento sobre o assunto e se for Phd sem graduação em economia, a área de conhecimento é ainda mais limitada a sua tese. Disto isto, fica mais fácil entender porque há tantas distorções no pensamento econômico brasileiro, quando se avalia as análises realizadas por esses profissionais. Esta situação resulta em aceitar, como verdade, determinadas incoerências técnicas e científicas, como exemplo de algumas que ficaram conhecidas por décadas, do tipo: salário não é renda ou o chuchu é a causa da inflação. São verdadeiras atrocidades quando se analisa estas afirmações com base nas Ciências Econômicas e na aplicação de princípios econômicos. Se as figuras que transformaram estas falsidades em verdades econômicas tivessem um mínimo de conhecimento sobre economia não diriam tantas asneiras, especialmente como a que ouvimos ultimamente contra o salário mínimo. O salário é o pilar, a viga mestra do capitalismo, não existe economia de mercado se não existe salário. Logo, somente o fortalecimento do salário é capaz de fortalecer o capitalismo e a economia de mercado. A prova é mundial. Este é o princípio e não há substituto para ele. A prática em economia leva a erros que se tornam verdades absolutas e que a ignorância eterniza como milagre, mediante uma crença inabalável naquilo que se vê e que se toca, desconhecendo os equívocos e erros naturais de nossos frágeis sentidos do corpo humano. “Segundo Edward Sapir: o mundo da experiência tem que ser extremamente simplificado e generalizado antes de poder ser traduzido em símbolos. Só dessa forma se torna possível a comunicação, pois a experiência pessoal habita exclusivamente a própria consciência do indivíduo e não é transmissível, estritamente falando”. As ciências Econômicas aplicadas não permitem tamanha simplificação.
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