Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Esta análise como crítica para marcar posição política é aceitável, porém como avaliação técnica e científica é sofrível. Não se pode fazer uma crítica técnica com base em suposições. Não encontrei nenhuma comprovação de que as ações adotadas sejam recessivas, quando analisadas de forma global dentro da política econômica. Por exemplo: aumento de impostos reflete-se em gastos públicos, inclusive já em andamento; pois ele serve para cobrir o atual déficit das contas públicas. Dito isto, pode-se constatar uma enorme fragilidade nesta crítica. Um profissional habilitado e qualificado não deveria se passar para fazer o jogo político. Não significa que se o procedimento adotado apresentar resultado negativo não possa ser denunciado. Mas, isto exige coerência e comprovação. Bola de cristal não faz parte das Ciências Econômicas. É preciso respeitar a ética profissional e deixar o discurso político para os políticos. As ideias neoclássicas são um desastre para a sociedade e para a sociedade, conforme revela a história, mas a heterodoxia não fica devendo nada a esta desgraça; portanto é preciso se fixar nos fundamentos econômicos e aplicá-los com competência e coerência. O profissional precisa estar atento a posições que fragilizam a confiança no profissional de economia por mera inconsistência política. A política não pode ser abonada por questões profissionais e científicas seja na medicina, engenharia, economia, etc. Esta forma de conquista do poder é um erro. Esta é uma posição perigosa para a sociedade, que deixa de contar com a segurança do profissional habilitado e qualificado na defesa dos seus interesses mais significativos na sua essência. Pessoalmente acredito que o nome do profissional foi usado indevidamente para respaldar uma posição estritamente política. A política tem o seu lugar e a sua hora, mas precisa respeitar a ciência.
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