quinta-feira, 24 de maio de 2018

Petrobras derrete, cai 14% na bolsa e é rebaixada | Brasil 247

Petrobras derrete, cai 14% na bolsa e é rebaixada | Brasil 247: Os papéis da Petrobras começaram esta quinta despencando na Bolsa de Valores de Paulo, com queda de 14%; Ibovespa abriu caindo 1%; o "mercado", composto pelos grandes bancos, grandes empresas e especuladores, reage muito mal à crise da Petrobras; na noite de ontem, os ADRs da empresa chegaram a cair mais de 10% em Nova York

Um comentário:

  1. Os golpistas optaram por realizar uma gestão econômica neoliberal, liberando os preços dos combustíveis como parte de uma proposta para atrair investimentos estrangeiros para a compra do pré-sal de outros ativos da Petrobras. Agora que já foram investidos recursos estrangeiros na compra do pré-sal e de outros ativos da Petrobras o governo Temer não pode simplesmente romper o acordo ou rasgar os contratos com as petrolíferas e investidores estrangeiros. Resta somente reformular a política tributária, que já havia sido alterada para isentar os investidores que alocasse recursos no pré-sal. Em novembro de 2017, por 208 votos a 184, deputados aprovaram em plenário o texto-base da Medida Provisória (MP 795/2017), que concedeu benefícios fiscais as empresas petrolíferas que atuarem em blocos das camadas pré-sal e pós-sal, inclusive por meio de isenções para importação de máquinas e equipamentos. Essa MP foi apelidada de “MP do Trilhão” – por supostamente impor perdas da ordem de R$ 1 trilhão à União nos próximos 25 anos, em decorrência da isenção fiscal –, a medida isenta de taxas de importação, entre outras providências, produtos, projetos e serviços sob responsabilidade de empresas estrangeiras com interesses nos campos de petróleo brasileiros. Essa nova política para o petróleo foi uma resposta a aprovação em 2010 do marco regulatório que não agradou as petroleiras americanas, segundo foi revelado pelo vazamento de telegramas obtidos pelo site WikiLeaks em 2010. Por outro lado, a isenção de impostos ou desoneração tributária irá agravar o déficit fiscal e descontrolar a dívida pública, fato que induzirá uma nova crise econômica e financeira igual ou semelhante as que ocorreram em 1998 e em 2001. Pode ser uma saída política passageira e salvadora porque o governo Temer fica livre de aumentar os impostos e o preço dos combustíveis, que serão impostos pelo FMI para conceder um novo socorro à economia brasileira. O FMI assume assim a culpa pelas medidas amargas, que o governo Temer irá evitar até a crise fiscal decretar a quebra da economia brasileira. Dessa forma, o golpe será mais uma vez o salvador da pátria, com o apoio divino do FMI.

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