quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Os métodos que dividem as águas no debate econômico - 04/09/2016 - Ilustríssima - Folha de S.Paulo

Os métodos que dividem as águas no debate econômico - 04/09/2016 - Ilustríssima - Folha de S.Paulo: RESUMO Autores rebatem crítica feita em 21/8 de Luiz Fernando de Paula e Elias M. Khalil Jabbour a texto por eles aqui publicado sobre diferenças entre economistas tradicionais e heterodoxos ("As razões da divergência, 17/7). A questão migra do debate ideológico entre direita e esquerda para a discussão sobre método.

Um comentário:

  1. A narrativa manipuladora revela apenas a existência de ideólogos da plutocracia e da manipulação midiática. Não se pode admitir em nenhuma hipótese que resultados degradantes e negativos para a sociedade possam ser justificados e defendidos por argumentação pseudocientífica quando se trata de ciência cujo objetivo é estruturar a sociedade. O filósofo Francis Bacon introduziu na história da filosofia uma ética da pesquisa científica em contraposição à mentalidade com tendência mística de sua época. Francis Bacon expõe claramente o que fazem os falsos pensadores e, consequentemente, os manipuladores das ciências. “Que haja, finalmente, dois mé¬todos, um destinado ao cultivo das ciências e outro destinado à desco¬berta científica. Aos que preferem o primeiro caminho, seja por impa¬ciência, por injunções da vida civil, seja pela insegurança de suas mentes em compreender e abarcar a outra via (este será, de longe, o caso da maior parte dos homens), a eles auguramos sejam bem suce¬didos no que escolheram e consigam alcançar aquilo que buscam”. “Ciência e poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, se não quando se lhe obedece. E o que à contemplação apresenta-se como causa é regra na prática”. “A natureza supera em muito, em complexidade, os sentidos e o intelecto. Todas aquelas belas meditações e especulações humanas, todas as controvérsias são coisas malsãs. E ninguém disso se apercebe”. “Não há nenhuma solidez nas noções lógicas ou físicas. Substân¬cia, qualidade, ação, paixão, nem mesmo ser, são noções seguras. Muito menos ainda as de pesado, leve, denso, raro, úmido, seco, gera¬ção, corrupção, atração, repulsão, elemento, matéria, forma e outras do gênero. Todas são fantásticas e mal definidas.” Portanto, obedecendo-se ao empirismo, a história e as ciências ainda é o melhor e único caminho para a solução dos problemas econômicos. Essa discussão aparentemente científica busca apenas usar a ciência para buscar e manter o poder, seja qual for a ideologia política que sirva de argumentação.

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