sábado, 24 de fevereiro de 2018

Barroso vê guerra perdida no Rio e defende a legalização das drogas | Brasil 24/7

Barroso vê guerra perdida no Rio e defende a legalização das drogas | Brasil 24/7: No momento em que Michel Temer coloca o Exército a serviço de uma intervenção desastrada e marqueteira no Rio de Janeiro, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, decidiu quebrar o tabu, afirmando que a guerra à drogas já foi perdida e que a melhor saída é a legalização; "E não é porque se achou que a droga é uma coisa boa, mas porque a descriminalização é a forma menos pior de enfrentar o problema que a criminalização. Mesmo no pais que liderou a guerras às drogas boa parte dos estados já descriminalizou. E do ponto de vista econômico, a única coisa que a criminalização faz é assegurar o monopólio do tráfico. Então o Estado é parceiro do tráfico ao criminalizar", afirmou Barroso, neste sábado

Um comentário:

  1. Esta estratégia não está perdida. Ela é o apogeu da vitória do CONSENSO DE WASHINGTON, cujas principais recomendações dos países desenvolvidos para os demais, especialmente aqueles em desenvolvimento, é para que adotem políticas de abertura de seus mercados e o “Estado Mínimo”. Com essa intervenção está sendo consolidada a transformação das forças de segurança do Estado brasileiro em forças de segurança pública. Aos poucos o sucesso desta intervenção no curto prazo, porque no longo prazo irá se repetir o fracasso que a história universal e, especialmente, a história do Brasil registra, conduzirá a uma pressão social e política pela continuidade das Forças Armadas na função de tropas de segurança pública, fragilizando a função institucional das Forças Armadas e direcionando os seus investimentos para a segurança pública. Assim, as Forças Armadas, fragilizadas em seus investimentos para a segurança do Estado e o fracasso de suas ações no longo prazo, uma vez que segurança pública não se resolve com guerra contra a nação brasileira ou contra o povo pobre e marginalizado do Brasil ou de qualquer outro país, deixará de ter as condições plenas necessárias para exercer a função constitucional de Forças de segurança do Estado. Finalmente, quando o desgaste dessas forças exigirem um apoio institucional, como este que está sendo dado pelo exército as polícias militares e civil no combate a criminalidade, não haverá força nacional ou militar para este fim, resultando na necessidade de acordo internacional para que as Forças Armadas estrangeiras,possivelmente as dos EUA, por exemplo, venham em socorro das forças de segurança do Brasil cobrando valores astronômicos, como fizeram na Colômbia e no Iraque. Seremos finalmente uma repetição da Colômbia e das Forças Armadas do Japão. Por fim, o Estado brasileiro será um Estado mínimo e sem Foças de Segurança do Estado para evitar gastos militares. Uma estratégia perfeita e vitoriosa do CONSENSO DE WASHINGTON. O judiciário brasileiro, dessa forma, terá o seu lugar na História como partícipe desta conquista.

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