Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Como expõe Rousseau a corrupção é essência da civilização, isto é, da evolução da humanidade. “As letras nascentes ainda não haviam levado a corrupção aos corações dos seus habitantes; mas, o progresso das artes, a dissolução dos costumes...”. “Se as ciências purificassem os costumes, se ensinassem os homens a derramar o sangue pela pátria, se animassem a coragem, os povos da China deveriam ser sábios, livres e invencíveis”. “Adquire-se o hábito de se reunir diante das cabanas ou em torno de uma grande árvore: o canto e a dança, verdadeiros filhos do amor e da ociosidade, tornam-se divertimento, ou antes, ocupação dos homens e das mulheres ociosos e agrupados. Cada um começa a olhar os outros e a querer ser olhado por sua vez, e a estima pública tem um preço. Aquele que canta ou dança melhor, o mais belo, o mais forte, o mais destro ou o mais eloqüente, torna-se o mais considerado. E foi esse o primeiro passo para a desigualdade e para o vício, ao mesmo tempo: dessas primeiras preferências nasceram, de um lado, a vaidade e o desprezo e, de outro, a vergonha e a inveja; e a fermentação causada por esses novos fermentos produziu, enfim, compostos funestos à felicidade e à inocência”. “Enfim, a ambição devoradora, o ardor de fazer fortuna relativa, menos por verdadeira necessidade do que para se colocar acima dos outros, inspira a todos os homens uma negra tendência a se prejudicarem mutuamente, uma inveja secreta tanto mais perigosa, para dar o golpe com mais segurança, quanto toma, muitas vezes, a máscara de benevolência; em uma palavra, concorrência e rivalidade de uma parte, e, de outra, oposição de interesses, e sempre o desejo oculto de tirar proveito à custa de outrem: todos esses males constituem o primeiro efeito da propriedade e o cotejo inseparável da desigualdade nascente”. “A gente mais honesta aprendeu a contar entre os seus deveres o de cortar o pescoço dos semelhantes: têm-se visto, enfim, os homens se massacrarem aos milhões sem saberem por que; e cometem-se mais assassínios em um só dia de combate e mais na tomada de uma só cidade do que no estado de natureza, durante séculos inteiros, sobre toda a superfície da terra”. “Sentirá que o gênero humano de uma idade, não sendo o gênero humano de outra idade, a razão porque Diógenes não encontrava um homem (honesto), é que ele procurava entre os seus contemporâneos o homem de um tempo que não existia mais”.
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