Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Falar da ignorância do brasileiro sobre economia e do analfabetismo funcional do brasileiro, que possui diploma é malhar em ferro frio. O analfabeto funcional ler e escreve, mas não compreende o assunto. Como disse Lev Semenovich Vygotsky: “Uma palavra não se refere a um objeto simples, mas a um grupo ou a uma classe de objetos e, por conseguinte, cada palavra é já de si uma generalização”. “... um estudo mais aturado da gênese do conhecimento e da comunicação nas crianças levou à conclusão de que a comunicação real exige o significado – isto é, a generalização – tanto quanto os signos”. E “Segundo Tolstoy; as crianças experimentam amiúde certas dificuldades para aprenderem uma palavra nova não pelo seu som, mas devido ao conceito a que a palavra se refere”. Quando o Estudo de Thomas Piletty afirma que não houve redução da desigualdade não está dizendo que inexistiu a distribuição de renda. Portanto, a distribuição de renda produziu uma desigualdade menor porque a tendência sem a redistribuição de renda seria uma concentração da renda ainda maior e consequentemente uma desigualdade maior. 1% em cima de valores diferentes é mais significativo em termos absoluto para o valor maior, ou seja, para os mais ricos da população. Logo, pode-se deduzir que se não houvesse a distribuição de renda a desigualdade seria ainda maior. Economia é difícil de entender até mesmo para economistas de má formação técnica, quanto mais para jornalista. A liberdade só se conquista com conhecimento e uma imprensa desinformada e de profissionais analfabetos funcionais jamais construirá a liberdade mesmo que tenha como objetivo um Jornalivre. O que o World Wealth andn Income Database constata em sua pesquisa reafirma os estudos anteriores de Thomas Piletty e mostra que o Brasil conseguiu, em parte, reverter a estatística do Credit Suisse, que constatou: 1% da população mundial concentra metade de toda a riqueza do planeta e que Essa enorme disparidade entre privilegiados e o resto da Humanidade, longe de diminuir, continua aumentando desde o início da Grande Recessão, em 2008. Esclarecendo, no Brasil ela não cresceu, embora tenha se mantido em termos relativos. Essa pesquisa do Banco Suíço relata assim: “No Brasil, a renda média doméstica triplicou entre 2000 e 2014, aumentando de 8.000 dólares por adulto para 23.400, segundo o relatório. A desigualdade, no entanto, ainda persiste no país, que possui um padrão educativo desproporcional, e ainda a presença de um setor formal e outro informal da economia.”. Portanto não há mentira quando se disse que a desigualdade diminuiu, pois ao comparar com o que poderia ter sido sem a redistribuição de renda. A estatística do Banco Suíço revela que a desigualdade, longe de diminuir, continua aumentando desde o início da Grande Recessão, em 2008. Daí pode-se considerar uma vitória o fato de não ter aumentado no Brasil. Sem capacidade de interpretação não há educação ou formação de alfabetizados e sim a formação de analfabetos funcionais. A forma mais simples de espessar o que houve com a renda no Brasil é dizer que houve redução da desigualdade, mas o correto seria ser complexo para ser fiel aos conceitos econômicos e dizer, que houve distribuição de renda, embora a desigualdade tenha permanecido porque os ricos também cresceram a sua renda igualmmente aos pobres em 1%. No entanto, politicamente seria um discurso inviável para entendimento dos menos esclarecidos. O discurso político não é técnico, assim como essa matéria que deveria respeitar a técnica de informar utiliza-se da desinformação ou dos seus leitores menos esclarecidos para fazer um discurso político de desconstrução das políticas realizadas em favor da distribuição de renda, acusando o discurso político do PT como mentiroso por ter sido simplificado. O fato é que no resultado não há mentira.
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