Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
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Por que a grande mídia busca retratar o espetáculo da conquista desta medalha? Podemos refletir sobre esta questão usando como base o pensamento do filósofo norte-americano Chomsky sobre ‘Os 10 princípios da concentração de riqueza e poder da plutocracia’, através das anotações do Carlos Eduardo, editor do Cafezinho: “Quando o acesso ao ensino superior se torna exclusividade das famílias ricas que podem pagar pela educação de seus filhos, o discurso da meritocracia repetido aos quatro ventos pelos liberais conservadores não vale de nada. (O problema é tão preocupante, que Hillary Clinton promete criar um fundo governamental para renegociar a dívida dos mais de 40 milhões de norte-americanos endividados com grandes bancos e propõe ainda uma espécie de FIES ‘versão americana’, para que os novos estudantes possam pegar dinheiro emprestado direto do governo a juros baixos). Curioso como a técnica de criar consensos por meio da mídia surge exatamente nos países mais livres do mundo. Uma vez que a plutocracia percebe que não há mais volta, a democracia e a liberdade são conquistas definitivas da sociedade, ela busca outras formas de controle social. Uma delas é a ditadura do pensamento único e a fabricação de consensos por meio das grandes empresas de mídia, controladas pela plutocracia”. Diante desta realidade fica demonstrado que há um propósito na fabricação de consensos por meio das grandes empresas de mídia, controladas pela plutocracia, para tornar os pobres e marginalizados indivíduos dominados pelo conformismo, aceitação e submissão, como se a culpa de serem carentes e marginalizados fosse sua por não ter acesso a educação e outros serviços públicos de qualidade que lhes dariam condições de serem avaliados pelo mérito em condições iguais de competitividade com os ricos, que usufruem desses direitos por meio de universidades gratuitas e outros serviços mediante a pressão política, social e econômica que podem exercer sobre os políticos e governos, excluindo automaticamente a grande maioria de ter acesso a esses direitos e oportunidades. O Economista Thomas Piketty esclarece esta situação ao explicar que “Durante muito tempo, os debates intelectuais e políticos sobre distribuição de riqueza se alimentaram da abundância de preconceitos e da pobreza de fatos. Dos anos 1800-1810 aos anos 1850-1860, os salários dos operários estagnaram em níveis muito baixos – próximos ou mesmo inferiores aos do século XVIII e aos dos séculos anteriores. Essa longa fase de estagnação, observada tanto no Reino Unido quanto na França, é ainda mais impressionante quando se leva em conta que o crescimento econômico se acelerou nesse período. A participação do capital (...), aumentou de modo considerável nos dois países durante a primeira metade do século XIX. Ela diminuiu ligeiramente nas últimas décadas do século XIX, quando os salários recuperaram parte do atraso em relação ao crescimento econômico. Os dados que coletamos indicam, entretanto, que não houve qualquer redução estrutural da desigualdade antes da Primeira Grande Guerra Mundial. O que se observa nos anos 1870-1914 é tão somente uma estabilização da desigualdade em nível extremamente elevado, e, em certos casos, é possível identificar uma espiral de disparidade acompanhada de concentração progressiva da riqueza. É muito difícil dizer o que teria acontecido com essa trajetória se os choques econômicos e políticos deflagrados na Primeira Guerra Mundial não tivessem ocorrido. Com o auxílio da análise histórica e do distanciamento de que dispomos hoje, pode-se afirmar que esses choques foram as únicas forças munidas de peso suficiente para reduzir a desigualdade desde a Revolução Industrial”.
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