Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Este é o verdadeiro objetivo do debate midiático, dividindo a Nação entre cidadãos militares e civis. É mais uma tentativa de enfraquecer as instituições brasileiras desviando dinheiro de pesquisas e outras finalidades indispensáveis à defesa nacional, como por exemplo: a construção do submarino com energia atômica, para aplicar nos esportes, quando esta atribuição é ou deveria ser primordial para o Ministério dos Esportes e não para o Ministério da Defesa. É a confirmação do pensamento disseminado para extinguir os Estado Nacionais através da propaganda sobre a globalização, onde desaparece as divisões territoriais e a soberania, como diz Marlon Tomazette: “De início, convém destacar que a globalização afeta a segurança jurídica e a efetividade do Estado administrativo. Graças à quebra do equilíbrio ecológico e à capacidade de destruição embutida na aplicação de novas tecnologias, novos riscos (camada de ozônio, chuva ácida, acidentes nucleares...) surgiram. Esses novos riscos não se atêm às fronteiras de um Estado e, por isso, também não se deixam mais controlar nos âmbitos nacionais. Além disso, o crime organizado torna as fronteiras dos Estados cada vez mais porosas, dificultando também a efetividade de atuação do Estado administrativo. A capacidade que o Estado vem perdendo nesses aspectos pode ser compensada em nível internacional por organizações globais. Outrossim, a mobilidade de capital dificulta a atuação do Estado Fiscal. Além disso, o acirramento da concorrência conduz à redução de ganhos fiscais, sob pena de se gerar uma grande emigração de capitais. Por essas razões, a expressão Estado enxuto vem-se impondo pelas possibilidade de atuação do Estado no mundo globalizado (Idem, p. 88). O âmbito de atuação dos Estados Nacionais se restringiu de tal modo, que não restam opções suficientes para enfrentar as consequências secundárias, sociais e políticas de um trânsito comercial transnacionalizado (Ibidem, p. 68). As funções do Estado social não poderão mais ser preenchidas por ele, no mesmo nível que já o foram. A intervenção estatal deve ser cada vez menor dentro de uma economia globalizada. Desse modo, tais funções devem passar do Estado Nacional para organismos políticos que assumam de algum modo uma economia transnacional, vale dizer, deve-se voltar a atenção para o desenvolvimento de instituições supranacionais. Essas entidades supranacionais devem assumir funções até então atribuídas aos estados nacionais. Os ganhos serão maiores nessa espécie de cooperativismo, quanto maior for a ambição do projeto. Os Estados singulares deveriam vincular-se a procedimentos cooperativos obrigatórios de uma sociedade de Estados, comprometida com o cosmopolitismo, na acepção apresentada por Boaventura de Sousa Santos (2003, p. 437) “a solidariedade transnacional entre grupos explorados, oprimidos ou excluídos pela globalização hegemônica”. A soberania significou historicamente a negação de toda subordinação ou limitação do poder do Estado por qualquer outro poder (JELLINEK, 2000, p. 466), isto é, a soberania seria um poder que não se subordina a nenhum outro. Todavia, a globalização também afeta essa ideia de soberania do Estado, na medida em que as decisões de um Estado podem afetar pessoas em outros Estados e a coincidência entre os participantes da decisão e os afetados é cada vez mais difícil na sociedade mundial interdependente. A globalização é um catalisador na mudança do conceito de soberania (ROCHA, 2008, p. 80)”. Não havendo soberania não há necessidade de Forças Amadas para defende-la, podendo ser transformada em polícia contra o tráfico de drogas, como queriam os EUA há alguns anos atrás.
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