Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
A incompetência técnica leva a maldizer a carga tributária como instrumento primordial de uma política econômica consistente. Qualquer sistema econômico precisa de uma carga tributária compatível com as metas de crescimento e desenvolvimento econômicos, caso contrário não existe possibilidade de sustentação do sistema. A única alternativa a política tributária como indutora do crescimento e do desenvolvimento econômicos é o aumento da dívida pública interna ou externa, ou ainda, pelo uso de ambas. Quando se tem forças militares para pilhar outras nações ou países também é possível fazer a economia crescer e se desenvolver através desse expediente, que era muito usado pelos impérios do passado, como por exemplo: as forças militares tribais, as do império turco-otomano, as romanas, as inglesas e até, bem pouco tempo, as dos norte-americanos, com invasões motivadas com diferentes argumentos, inclusive para estabelecer a democracia onde existia petróleo abundante, combustível essencial para a indústria. O Brasil não possui mais capacidade de endividamento porque o Estado não tem arrecadação para pagar os empréstimos que fizer, nem forças militares para pilhagem. Logo, a alternativa é o aumento de impostos ou uma carga tributária compatível com as metas estabelecidas para o crescimento e o desenvolvimento econômico. O sistema econômico precisa de alimento tanto quanto qualquer outro sistema, como por exemplo: O sistema orgânico do homem precisa de frutas, legumes, massas, carnes, etc. para que o indivíduo possa crescer e se desenvolver; o mesmo ocorre com o sistema econômico que é essencialmente alimentado pelo consumo de produtos pelas famílias, empresas, governos e o comércio exterior; porém para que haja produção é fundamental que o Estado estimule as empresas a produzirem, garantindo o mercado consumidor e, o estimulo só pode ser dado a partir dos recursos arrecadados pelo governo em forma de tributos. O governo não pode oferecer e garantir infra-estrutura e consumo sem recursos para compras, pagar salários, subsidiar, subvencionar, dar empréstimos subsidiados às empresas, educar e formar técnicos profissionais, etc. Sem ter uma arrecadação de impostos que lhe proporcione recursos para a segurança econômica do sistema e de investidores não há estimulo e, portanto, não tem investidores. Tudo mais, é discurso para expropriar os consumidores por algum tempo, fazendo assim o enriquecimento ineficaz e improdutivo das empresas, empresários e investidores, através da expropriação dos cidadãos com isenção fiscal para os ricos. Como diz Noam Chomsky: “Deslocar o fardo de sustentar a sociedade para os pobres e classe média, dando este exemplo - O sonho americano foi uma concepção criada nas décadas de 1950 e 1960. No pós-guerra, tanto os ricos quanto os pobres enriqueceram porque na época os impostos sobre altos salários de executivos e sobre o lucro e dividendos das empresas era elevado o bastante para distribuir a renda de forma igualitária. No entanto, desde os anos de 1980, os impostos sobre a parcela mais rica da sociedade diminuíram drasticamente e a desregulamentação total do fluxo de capitais permitiu a plutocracia pagar ainda menos tributos – ou simplesmente sonegá-los. Estamos retornando ao período pré-revolução francesa, em que a alta corte de reis, rainhas e nobres famílias aristocráticas eram isentos de impostos, enquanto o fardo de sustentar a sociedade recaía somente sobre os pobres e a burguesia, no caso a classe média da época.”.
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