Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Para falar da crise, precisa-se entender tecnicamente o que é economia e como ela é aplicada. Sem conhecimento se fala muita bobagem, confunde a sociedade e induz os agentes econômicos ao erro. Isto acontece frequentemente quando consideramos a ignorância. Caso sejam considerados os interesses de grupos econômicos essa informação errada e distorcida busca beneficiar alguns setores ou um específico ramo da economia, com o claro objetivo de promover o ganho de uns em detrimento de outros, favorecendo, evento histórico, a concentração de renda e a expropriação dos mais fracos econômica e politicamente. Tecnicamente não é o gasto público que provoca crise e sim a má elaboração e condução da política econômica, que por interesses ocultos permitem a sonegação, promove a desoneração de tributos e consente a queda da arrecadação em prejuízo da sociedade, do Estado e, principalmente da economia. Esta não é uma hipótese, é um princípio econômico, admitido até pelo poder econômico internacional dominante na palavra do FMI. Há pouco o FMI, em 23/07/2016, pediu aos países ricos do G20 que aumentassem o gasto público, submetendo-se ao princípio técnico-científico, mesmo contrariando as suas crenças ideológicas e determinações do neoliberalismo. A ordem política não pode ser inflexível de modo que as suas determinações para orientar quais segmentos da sociedade se beneficiem com as diretrizes econômicas ou política emanada do Estado não permita ganhos para todos pelo menos em períodos que se faz necessário o crescimento econômico. O produto nacional ou produção nacional não é medido apenas pelo setor privado. Ele Consiste no produto líquido total gerado pela economia de um país no período de um ano. Inclui o gasto privado de consumo em bens e serviços, o gasto público em bens e serviços e os gastos em inversão líquida, Portanto, o gasto público é um instrumento de política econômica imprescindível para induzir, forçar e impulsionar a expansão econômica. A política de expansão tem por objetivo a manutenção ou a aceleração do desenvolvimento econômico. Como se observa a ignorância que predomina em nossas instituições é o fator determinante para o atraso econômico, cultural, político e social do Brasil. É preciso deixar claro que é a benevolência com setores econômicos e a renúncia fiscal os responsáveis pela crise oriunda do déficit público e não os gastos públicos. Tudo mais é retórico para defender interesses escusos e desinformar o cidadão de boa fé. A política é um campo fértil para esse procedimento, mas não pode ser instrumento de desinformação e indução ao erro da sociedade e dos agentes econômicos. A responsabilidade econômica, política e social deve estabelecer limites.
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