quinta-feira, 14 de maio de 2020
Trump anuncia corte de toda a relação com a China - Brasil 247
Trump anuncia corte de toda a relação com a China - Brasil 247: foi perguntado sobre qual seria o relacionamento com os chineses daqui em diante, e então respondeu que os EUA economizariam dinheiro rompendo as relações. "Há muitas coisas que poderíamos fazer. Poderíamos interromper todo o relacionamento. Economizaria US$ 500 bilhões".
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Quando o presidente Trump faz a declaração de que "economizaria US$ 500 bilhões" e anuncia o corte de toda a relação com a China está transmitindo ao mundo que a economia américana está abrindo falência. Um país não pode romper relações econômicas, políticas, etc, com outro para economizar míseros US$ 500 bilhões se a sua situação econômico-financeira não for mortificante. Não faz sentido uma economia de US$ 500 bilhões em relações internacionais, quando os EUA produzem cerca de US$ 21 trilhões por ano. Seria uma insensatez, caso o sistema financeiro e econômico dos Estados Unidos não estivessem desmantelados. O presidente Trump cometeu um ato falho quando foi perguntado sobre qual seria o relacionamento com os chineses daqui em diante, e então respondeu que os EUA economizariam dinheiro rompendo as relações: "Há muitas coisas que poderíamos fazer. Poderíamos interromper todo o relacionamento. Economizaria US$ 500 bilhões". As relações internacionais não são formalizadas por amizade ou altruísmo entre Estado ou Nações. As relações internacionais assumiram relevância após o término da Segunda Guerra Mundial, quando a necessidade de uma reordenação das relações internacionais levou as grandes potências industriais do Ocidente a propor acordos e criar instituições visando a disciplinar as transações econômicas entre os diversos países. Buscava-se coibir, assim, a fixação de políticas cambiais arbitradas por interesses unilaterais, que pudessem pôr em risco a confiabilidade do sistema internacional de intercâmbio. A economia capitalista entrou então num novo período, caracterizado pela internacionalização das economias nacionais, que se tornaram extremamente vulneráveis às flutuações da economia dos Estados Unidos. Dito isto, fica evidente que a moeda americana não tem mais como se sustenta como moeda de troca internacional, cuja deterioração iniciou-se em 1971 com a desvalorização do dólar e a perda de confiança no dólar por parte do mercado financeiro internacional, levando ao Acordo Smithsoniano, que em dezembro de 1971, decidiu adotar taxas de câmbio flutuantes. A conferência, realizada no Smithsonian Institute, em Washington, foi convocada para resolver o problema do colapso das taxas fixas de câmbio (adjustable peg), que existiam desde a Conferência de Bretton Woods, em 1944, e indiretamente pela resolução unilateral dos Estados Unidos de abandonar o padrão câmbio-ouro. Este processo de ruína está passando por mais uma etapa que parece ser o epílogo, segundo desvendam as palavras e ações do presidente Trump.
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