domingo, 1 de setembro de 2019
Tem algo de podre no Reino da Dinamarca | José Luis Oreiro
Tem algo de podre no Reino da Dinamarca | José Luis Oreiro: O IBGE acaba de divulgar os dados do PIB do segundo trimestre de 2019, apontando uma elevação de 0.4% com respeito ao primeiro trimestre do corrente ano. Trata-se de uma dupla surpresa. Em primeiro…
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Pela lógica matemática é possível justificar e até provar que os índices do IBGE e do IBC-Br se harmonizam para explicar a atividade econômica brasileira. Se existe coerência e exatidão é outra coisa. Certamente não há consistência nem precisão caso se faça uma avaliação rigorosa sobre o resultado do IBGE, comprovando que “Tem algo de podre no Reino da Dinamarca”. Esta é certamente uma bela forma de reducionismo ontológico, que procura reduzir a realidade ao menor número possível de substâncias ou entidades. É a partir do modelo matemático reducionista que se chega a duas verdades que se contradizem. Thomas Piketty apresenta algo bem concreto em seu livro ‘O Capital no século XXI’ quando relata: A vantagem dos conceitos de riqueza e renda nacionais é que eles nos dão uma visão mais equilibrada do enriquecimento de um país do que o conceito de produto interno bruto, que, de certa forma, é demasiado “produtivista”. Por exemplo, no caso da destruição da riqueza devido a uma catástrofe natural, levar em consideração a depreciação do capital pode conduzir a uma redução da riqueza nacional, enquanto o PIB será influenciado (positivamente) pelos trabalhos de reconstrução. O Reducionismo permite todas as verdades.
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