Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Já está constatado tecnicamente que as causas atuais da inflação no Brasil não podem ser controladas pelas taxas de juros, porque essa inflação não tem razão monetária. Logo, a queda ou a alta dos juros não altera a presente taxa de inflação brasileira. A alta dos juros pelo mercado é uma conseqüência natural, que resulta das medidas econômicas adotadas pela equipe econômica, que produz irremediavelmente recessão e a recessão impõe ao mercado financeiro as condições necessárias para o aumento dos lucros do sistema financeiro. Seria uma estupidez técnica e econômica se o mercado financeiro não aproveitasse essa oportunidade. Esta é uma situação que pode ser constatada no Brasil tanto de forma técnica quanto histórica. Segundo revela a história econômica do Brasil as práticas de medidas econômicas impostas pelo consenso de washington e adotadas pela atual equipe econômica para solucionar problemas de natureza econômica em países pobres como o “Estado Mínimo”, isto é, um Estado com um mínimo de atribuições (privatizando as atividades produtivas) e com um mínimo de despesas como forma de resolver os problemas relacionados com crise fiscal: inflação explosiva, déficits em conta corrente no balanço de pagamentos, crescimento econômico insuficiente e distorções na distribuição da renda funcional e regional teve e tem como conseqüência (pelo menos no que se refere à América Latina) apenas o feito de combater à inflação nos países em que, durante os anos 80 e mesmo no início dos anos 90, a inflação atingia níveis insuportáveis e suas causas podiam ser combatidas pela simples redução dos gastos públicos o que não é verdade para a conjuntura atual. Além disso, o livre funcionamento dos mercados, com a eliminação de regulamentações e intervenções governamentais, também foi e é uma das molas-mestras das recomendações do FMI para reduzir os gastos públicos quando as despesas do governo são as causas primárias da inflação. No entanto, o que se constatou e se constata é que embora os países que seguiram e seguem o receituário do FMI ou o Consenso de washington tenham e possam ser bem-sucedidos no combate à inflação, quando as suas causas são exclusivamente decorrentes de gastos públicos elevados, acontece no plano econômico e social as seqüelas que são desanimadoras, pois ocorreram e ocorrem um misto de desemprego, recessão e baixos salários, conjugado com um crescimento econômico insuficiente. Tudo isso, conduz a uma queda de arrecadação pelo governo e a necessidade do governo por recursos obriga-o a buscar formas de financiamento por meio de aumento dos impostos ou de venda de títulos públicos. Considerando a dificuldade de aumentar imposto em uma economia recessiva a alternativa é a venda de títulos do governo e para estimular o mercado financeiro a comprar os títulos públicos o governo é obrigado a aumentar as taxas de juros. Prevendo esse cenário o mercado se antecipa e aumenta as taxas de juros. É o óbvio, que somente a equipe econômica não é capaz de perceber. Não adianta tentar baixar taxas de juros por decreto. É preciso adotar boas práticas de política econômica para que as taxas de juros possam cair de forma consistente.
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