quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Brasil criou bomba fiscal na educação, diz diretora do Banco Mundial - 12/11/2015 - Mercado - Folha de S.Paulo

Brasil criou bomba fiscal na educação, diz diretora do Banco Mundial - 12/11/2015 - Mercado - Folha de S.Paulo

Um comentário:

  1. Esta senhora demonstra claramente porque a economia mundial e as instituições multilaterais estão em crise e necessitando de urgentes reformas intelectuais, morais e técnicas. Aparentemente ela tem uma visão extremamente restrita sobre economia. É uma adepta, por estupidez, da teoria marginalista, instrumento de perpetuação da desigualdade econômica. Teoria que não reconhece a economia como meio de estruturação da sociedade e sim uma fonte de enriquecimento individual. Sem salário e sem emprego não existe economia capitalista ou de mercado. Trata-se de uma profissional de pouco saber e qualidade sofrível, que anula o emprego de boas práticas na economia. Salário é a “Remuneração em dinheiro recebida pelo trabalhador pela venda de sua força de trabalho. Costumam-se incluir também, como parte integrante do salário, vestimentas e calçados especiais, alimentação e transporte que a empresa coloca à disposição do empregado. Há ainda o que se convencionou chamar de salários indiretos, que são os benefícios sociais originários de contribuições feitas pelos patrões, pelo Estado e, em parte, pelo conjunto dos trabalhadores. São os auxílios de doença, o abono familiar e os seguros de vida. Embora tenha havido trabalhadores assalariados em outros períodos da história, foi com o advento do capitalismo que o salário se tornou a forma dominante de pagamento da mão-de-obra. A forma de salário tem variado no decorrer do desenvolvimento do capitalismo e do aperfeiçoamento da mão-de-obra, ocorrendo segundo o número de peças produzidas, ou o tempo de trabalho (hora, dia, semana, mês). Os salários constituem um dos principais objetos de análise do pensamento econômico e têm sido estudados desde os primórdios da economia política. Para David Ricardo, um dos principais defensores da teoria da subsistência, o salário de um trabalhador deve ser determinado pelo número de artigos indispensáveis a sua subsistência. Isto é, limita-se a um nível mínimo necessário à perpetuação da classe trabalhadora. Ricardo dizia também que o aumento ou a diminuição da mão-de-obra é regulado pela pressão demográfica (maior ou menor índice de nascimentos), o que, consequentemente, termina influindo no preço dessa mercadoria. Para Marx, o valor da força de trabalho (salário) corresponde ao mínimo necessário à formação e preservação do trabalhador, equivalendo aos custos de reposição da capacidade de trabalho do operário. Mas Marx negava a teoria da pressão demográfica de Ricardo e afirmava que o elemento regulador da oferta de mão-de-obra e do valor geral dos salários é a existência do chamado “exército industrial de reserva” ou “superpopulação relativa”. Mas a influência depressiva do exército industrial de reserva sobre os salários poderia ser revertida pela ação sindical e política dos trabalhadores. Na teoria marginalista, o problema salarial é enfocado segundo a utilidade da contratação da mão-de-obra para o empresário. A contratação de novos empregados é útil na medida em que o emprego de braços adicionais é capaz de criar uma produtividade marginal, sendo, portanto, rentável. Quando isso não ocorre, a contratação perde sua utilidade e a produção passa a sofrer um “rendimento decrescente”, que exige um corte salarial. Nos Estados Unidos de entre guerras (1918-1939), quando ocorreu a expansão da indústria automobilística, teve grande aceitação a teoria dos altos salários. Segundo seus defensores, a elevação dos salários daria maior eficiência ao trabalho e ampliaria o mercado consumidor, servindo para incrementar a atividade produtiva em geral. Em relação a essa questão, J.M. Keynes dizia que não se devem aumentar demasiadamente os salários em época de prosperidade, nem diminuí-los nos momentos de crise” - Paulo Sandroni. Esta analfabeta funcional deveria se informar sobre a importância do salário e do emprego para o sistema econômico antes de dizer asneiras. Não passa de uma porta-voz do capitalismo selvagem e do colonialismo ideológico.

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