sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Com desemprego recorde, Banco do Brasil demite 5 mil funcionários - Brasil 247

Com desemprego recorde, Banco do Brasil demite 5 mil funcionários - Brasil 247: Em meio ao desemprego recorde resultante do descaso de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, o Banco do Brasil anunciou que irá fechar 361 unidades e desligar 5 mil funcionários por meio de dois programas de demissão voluntária

Um comentário:

  1. O MAL SE CORTA PELA RAIZ.
    O editorial de Friedman sobre Nova Orleans acabou se tornando a sua última peça pública de recomendação política; ele morreu menos de um ano depois, em 16 de novembro de 2006, aos 94 anos de idade. Privatizar o sistema educacional de uma cidade norte-americana de médio porte pode parecer uma preocupação modesta para o homem que foi considerado o economista mais influente do último meio século, alguém que contou, entre seus discípulos, com diversos presidentes dos Estados Unidos, primeiros-ministros britânicos, oligarcas russos, ministros da Fazenda poloneses, ditadores do Terceiro Mundo, secretários do Partido Comunista Chinês, diretores do Fundo Monetário Internacional, além dos três últimos presidentes do Banco Central norte-americano. Apesar disso, a sua determinação de aproveitar a crise de Nova Orleans para fomentar uma versão fundamentalista do capitalismo era também um adeus curiosamente adequado ao professor baixinho e de energia ilimitada, que, no seu apogeu, se descreveu como "um-pastor fora de moda pregando o sermão dominical";" Por mais de três décadas, Friedman e seus poderosos seguidores se dedicaram a aprimorar essa mesma estratégia: esperar uma grave crise, vender partes do Estado para investidores privados enquanto os cidadãos ainda se recuperavam do choque, e depois transformar as "reformas" em mudanças permanentes. Num de seus mais influentes ensaios, Friedman elaborou em termos teóricos a tática nuclear do capitalismo contemporâneo, que eu aqui denomino de doutrina do choque, Ele observou que "somente uma crise - real ou pressentida- produz mudança verdadeira. Quando a crise acontece, as ações que são tomadas dependem das ideias que estão à disposição. Esta, eu acredito, é a nossa função primordial: desenvolver alternativas às políticas existentes, mantê-las em evidência e acessíveis até que o politicamente impossível se torne o politicamente inevitável” (Friedman, Capitalism and Freedom, ix.). Algumas pessoas costumam estocar alimentos enlatados e água para enfrentar grandes desastres; os seguidores de Friedman estocam ideias em defesa do livre mercado. Tão logo uma crise se instalava, o professor da Universidade de Chicago defendia que era essencial agir rapidamente, impondo mudanças súbitas e irreversíveis, antes que a sociedade abalada pela crise pudesse voltar à "tirania do status quo". Ele calculava que "uma nova administração tem de seis a nove meses para realizar as principais mudanças; caso não agarre a oportunidade para agir de modo decisivo durante esse período, não terá outra chance igual" (Milton Friedman e Rose Friedman, Tyranny of the Status Quo (San Diego: Harcourt Brace Jovanovich, 1984); como uma variação das advertências de Maquiavel, no sentido de que os "sofrimentos" devem ser infligidos "todos de uma só vez", este foi um dos legados estratégicos mais duradouros de Friedman. Milton Friedman aprendeu a explorar os choques e crises de grande porte em meados da década de 1970, quando atuou como conselheiro do ditador chileno, o general Augusto Pinochet. - A doutrina do choque: a ascensão do capitalismo de desastre / Naomi Klein.

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