Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
terça-feira, 17 de setembro de 2013
‘O juiz e a sociedade’, de Merval Pereira | Augusto Nunes - VEJA.com
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Senhores. O que temos afinal é uma mídia maliciosa, hipócrita, censurável e corrupta ou apenas profissionais engenhosos para a dissimulação e a delinquência, utilizando-se da capacidade de eloquência e composição literária? Há exemplos históricos da habilidade humana para a criação e semear o mal. Um exemplo muito conhecido é o julgamento do filósofo Sócrates:
ResponderExcluir“Ao apontar para a casa de Sócrates, diz Strepsiades, personagem da co-média de Aristófanes, apresentada pela primeira vez em Atenas, em 423 a.C.: Ali é o ‘pensatório’, a escola dos espíritos sabidos. Lá dentro vivem pessoas que, falando a respeito do céu, nos convencem de que ele é um forno que cobre a gente e de que a gente é o carvão dele. Aqueles caras ensinam os outros, se eles quiserem contribuir com algum dinheiro, a tornarem vitoriosas todas as causas, justas ou injustas, usando só as palavras. Aristófanes, As Nuvens, pág. 18. Arnaldo Moraes Godoy”
“Qual o crime maior: reunir-se religiosamente para cravar em honra da Divindade uma faca no coração de uma menina, ou comer um bandido morto em legítima defesa?”.
“Aristóteles é culpado de ateísmo por um sacerdote. Não podendo fazer punir o caluniador, retira-se para Calcis. Mas a morte de Sócrates é o que de mais odioso tem a história da Grécia”
“Quem primeiro induziu os atenienses a verem um ateu em Sócrates foi Aristófanes, que os comentadores admiram por ter sido grego, esquecendo-lhes que Sócrates também o era”.
“Eis o que diz o sábio Plutarco: “A linguagem de Aristófanes denuncia o miserável charlatão que é. São as graçolas mais canalhas e repugnantes. Não chega a agradar o povo e as pessoas de discernimento e sensibilidade que não o toleram. “Não há quem suporte sua arrogância e a sua malignidade é intolerável às pessoas de bem”.
“Curtidores, sapateiros e costureirinhas de Atenas aplaudiram uma comédia em que se representava Sócrates suspenso num cesto proclamando que não existiam deuses e jactando-se de haver roubado uma capa enquanto ensinava filosofia. Um povo cujo mau governo permitia tão infames licenças bem merecia o fim que teve - ser vassalo dos romanos e hoje dos turcos”.
“Demos um salto à Antiguidade. Detenhamo-nos na república romana. Os romanos, muito mais sábios que os gregos, nunca perseguiram filósofos por motivo de opiniões”, Dicionário Filosófico. Voltaire.”
A justiça tem o dever de ouvir a sociedade até a elaboração das leis. Daí por diante são os juízes que as aplicam, conforme o entendimento técnico e não por pressão da sociedade.
O Merval Pereira parece ser adepto da prática do “... submeter um acusado à tortura (nem que seja psicológica), para descobrir se ele é culpado de outros além daquele de que é acusado, é fazer este odioso raciocínio: “Tu és culpado de um delito; é, pois, possível que tenhas cometido cem outros. Essa suspeita me preocupa; quero certificar-me; vou empregar minha prova de verdade. As leis te farão sofrer pelos crimes que cometeste, pelos que poderias cometer e por aqueles dos quais eu quero considerar-te culpado”, Cesare Beccaria.
Ele supõe desnecessário o Poder Judiciário, pregando por meio indireto o julgamento pela sociedade. Pode?