Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Este é o parlamento de um Brasil anárquico e bárbaro, desgovernado e sem dignidade, condenando a cultura e o nu, apostando na censura e no totalitarismo insano.
ResponderExcluir“O nu não é uma pura corpulência despida, mas insinua o mistério da carne humana – que essa carne irradia com a qualidade da presença. Captar esse vislumbre de presença radiante é o trabalho do gênio. Basta pensar na delicadeza peculiar da pele humana e nos esforços da pintura para representar suas tonalidades sutis e incomunicáveis. As palavras talvez não consigam a cor da pele em suas nuanças, no entanto a pintura pode apresentar à nossa visão esse brilho indefinível.
A escultura é outra testemunha da beleza expressiva do corpo como microcosmo estético que, em si mesmo, pode mediar um sentido da alteridade em um âmbito mais amplo. Consideremos as figuras individuais do corpo nu. As estátuas dos deuses gregos apresentam-se diante de nós em repouso e serenidade. A qualidade da presença espiritual está também expressa nas figuras de lutadores, boxeadores, guerreiros, atletas. Os gregos apresentam o corpo â luz de sua visão de uma perfeição idealizada. Por toda parte, a celebração parece surgir do motivo da reverência. Até mesmo a sua atitude em relação ao atleta não era destituída de certa coloração religiosa. O grande atleta era um favorito dos deuses, sua destreza corporal, um tesouro concedido pelos deuses. Retratar o corpo em sua perfeição idealizada não passava de um ato de gratidão por esse dom. A beleza do corpo era um presságio da humanidade que atingira a perfeição, que, por sua vez, não era radicalmente distinta dos próprios deuses enquanto imagens da perfeição imortal. A beleza poderia ser um lembrete de que o ser pode ser outro que não nossas domesticações presentes de seu poder original. Stendhal deixou transparecer mais tarde algo similar ao chamar toda beleza de “une promesse de bonheur”.” - A Filosofia e Seus Outros Modos do Ser e do Pensar. William Desmond. Um parlamento não pode ser a casa de moleques corruptos e corruptores, incapazes de pensar e de ter amor pelo saber.