quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Dólar salta 3,32% em outubro, maior alta em quase 1 ano | Brasil 24/7

Dólar salta 3,32% em outubro, maior alta em quase 1 ano | Brasil 24/7

Um comentário:

  1. Não existe comprovação empírica, histórica ou científica entre princípios de economia e eleição. Os neoliberais tentam transformar as Ciências Econômicas em matéria do sobrenatural ou assunto de circo. Os neoliberais usam e abusam da ignorância das pessoas com relação ao assunto científico. Porém, qualquer análise demonstra que os neoliberais só são capazes de se enquadrar nas áreas circenses ou do entretenimento midiático. Não tem como levar a sério pensamentos ridículos e sem sustentação científica como essa relação entre variação do Dólar e eleições político-partidária. A variação cambial é fruto da política cambial que é instrumento da política de relações comerciais e financeiras entre um país e o conjunto dos demais países. Não tem relação com partido político ou eleição. É uma questão técnica. Admitir que a agenda econômica a ser votada no Congresso possa determinar o que acontece com o Dólar é o mesmo que aceitar uma variação no procedimento técnico na cirurgia da próstata do presidente Temer porque há assuntos de interesse do Ministério da Saúde para ser votado no Congresso. Assuntos técnico-científicos não respeitam decisões políticas. O máximo que pode acontecer é uma mudança na decisão política para aceitar o que acontece tecnicamente com o assunto científico tratado politicamente. É por essa incongruência que decisão política neoliberal sobre a economia não surte efeito positivo e a lei resultante de votação neoliberal não pega ou é modificada para retratar o que a técnica exige. Os termos em que se expressa a política cambial refletem, em última instância, as relações políticas vigentes entre os países, com base no desenvolvimento econômico alcançado por eles. Por exemplo: em dado momento, pode ser importante a um país adquirir certos produtos no exterior, necessários ao desenvolvimento de seu setor industrial; para tanto, as autoridades monetárias podem manter o câmbio artificialmente valorizado, barateando o custo, em moeda nacional, desses produtos (como fizeram os governos Lula e Dilma para incentivar a industrialização brasileira); em contrapartida, ocorreria o encarecimento dos produtos nacionais para os importadores de outros países. A política cambial pode utilizar ainda uma série de mecanismos para evitar a evasão de divisas e contribuir para o equilíbrio do balanço de pagamentos, como a fixação de taxas múltiplas de câmbio (câmbio turismo, câmbio comercial, câmbio financeiro etc.). E também lançar mão de medidas que favoreçam algum setor da economia, como manter a moeda nacional artificialmente desvalorizada para estimular as exportações (como está fazendo o governo Temer). Após o término da Segunda Guerra Mundial, a necessidade de uma reordenação das relações internacionais levou as grandes potências industriais do Ocidente a propor acordos e criar instituições visando a disciplinar as transações econômicas entre os diversos países. Buscava-se coibir, assim, a fixação de políticas cambiais arbitradas por interesses unilaterais, que pudessem pôr em risco a confiabilidade do sistema internacional de intercâmbio. Até então, as relações comerciais faziam-se com base na conversibilidade em ouro das moedas ou nas cotações estabelecidas para a libra esterlina. Com o Acordo de Bretton Woods, em junho de 1944, inaugurou-se praticamente o sistema de conversibilidade internacional em relação ao dólar norte-americano (por imposição dos Estados Unidos). Todas as transações internacionais passaram a ser feitas com base na transferência de saldos contabilizados em dólar, excetuando-se os países da área socialista (onde a política cambial era imposta pela União Soviética). A economia capitalista entrou então num novo período, caracterizado pela internacionalização das economias nacionais, que se tornaram extremamente vulneráveis às flutuações da economia dos Estados Unidos. Como se vê essa relação com eleição é uma manipulação para enganar as pessoas de boa fé e assim permitir que o sistema financeiro influencie as eleições.

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