terça-feira, 19 de julho de 2016

Apesar de 'incertezas', FMI prevê retomada do crescimento no Brasil em 2017 - Notícias - UOL Economia

Apesar de 'incertezas', FMI prevê retomada do crescimento no Brasil em 2017 - Notícias - UOL Economia

Um comentário:

  1. Os indicadores de crescimento econômico são enganadores e destrutivos para a compreensão da saúde de uma economia. Por exemplo: O Brasil durante o milagre econômico brasileiro, que trouxe um crescimento econômico elevado, entre os anos de 1968 e 1973, quando a taxa de crescimento do PIB saltou de 9,8% a.a. em 1968 para 14% a.a. em 1973, gerou, paradoxalmente, aumento da concentração de renda e da desigualdade. Nesse período, a pobreza e a miséria cresceram no Brasil. O próprio FMI, agora em julho de 2016, alertou para a desigualdade nos EUA e pediu à França medidas para reduzir o déficit e criar emprego. O FMI destacou que reaparece na economia norte-americana “perniciosa tendências seculares na distribuição da renda”, fazendo com que a classe média caía a níveis de três décadas atrás e a pobreza aumente. Com relação à França, o FMI adverte que o país possui índices altos de desemprego de longa duração, apresenta baixas perspectivas de crescimento e uma dívida sobre o PIB que continua aumentando. Essa realidade dos EUA e da França é dissimulada quando se observa ou registra apenas o índice de crescimento das duas economias. Crescimento econômico não representa desenvolvimento econômico e notadamente beneficia apenas os grupos econômicos privilegiados, quando não corresponde a uma política econômica desenvolvimentista. O índice de crescimento serve apenas como instrumento para os neoliberais esconderem as carências e deficiências do sistema econômico sob o seu comando. É com a propaganda do crescimento econômico que se ocultam as falhas do sistema e carências da sociedade, sem que seja construída uma economia próspera e sustentável. O crescimento representa a maquiagem de um sistema deteriorado e putrefato. O crescimento econômico define os ganhos econômicos e financeiros dos investidores e empresários, estabelecendo o aumento da capacidade produtiva da economia e, portanto, da produção de bens e serviços de determinado país ou área econômica; frequentemente sustentado pelo Capitalismo de Estado, onde o governo subvenciona e garante o lucro das empresas, com reservas de mercado, Dólar favorecido, empréstimos subsidiado, isenção de impostos, abusos do poder econômico na fixação de preços, juros menores, incentivos fiscais para exportação, etc. enquanto o desenvolvimento econômico não se resume ao crescimento por ser uma conseqüência de melhoria do padrão de vida da população e por alterações fundamentais na estrutura de sua economia. O desenvolvimento econômico parte da constatação da desigualdade e busca compartilhar o bem-estar material com amplas camadas da população em oposição ao crescimento econômico que mantêm a situação de pobreza, com acentuados desníveis sociais.

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