quinta-feira, 7 de abril de 2016

Ministro da Fazenda diz que governo precisa focar em reformas estruturais - ISTOÉ DINHEIRO

Ministro da Fazenda diz que governo precisa focar em reformas estruturais - ISTOÉ DINHEIRO

Um comentário:

  1. A ignorância é o nosso maior mal. É triste e vergonhoso ler ou ouvir de um profissional pensamento que reflete uma total estupidez sobre o que fala. Parece dar satisfação a sua demonstração explícita de analfabetismo funcional. O Gustavo Franco é um especialista em fazer de suas análises um esplendor ao analfabetismo funcional. A sua demonstração de ignorância chega ao auge quando afirma: “Se a inflação começou a ceder nas últimas semanas, não é porque as pessoas estão percebendo uma situação melhor, é porque nós temos a pior recessão da história.”. a recessão não é causa para conter ou reduzir inflação. Só isto já seria motivo para envergonhar um profissional respeitável. O que esta influenciando a queda da inflação é o ajuste fiscal, auxiliado pela alta dos juros. Estes são os mecanismos técnicos que definem o controle sobre a inflação. Como profissional de economia tenho vergonha quando leio ou escuto falsos economistas ultrajando as técnicas econômicas e espalhando uma terrível ignorância sobre a matéria. Algumas vezes chego a ter nojo desse tipo de procedimento. Para provar os desmandos do Gustavo Franco sobre a economia brasileira podemos citar dados Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro: “A inflação medida pelo deflator implícito do PIB, que tinha sido de 11,8% em 1955, acelerou para 25,4% em 1960. O balanço de pagamentos mostrava déficits insustentáveis, e o país, em período de forte expansão do comércio mundial, era obrigado a lançar mão de atrasados comerciais como fonte de financiamento de última instância”. O que vivemos é um fenômeno que se tornou natural depois do pós-guerra, conhecido como estagflação: situação na qual um país passa pela estagnação ou declínio do nível de produção e emprego combinado com inflação. A estagflação se acentuou em quase todas as economias capitalistas desenvolvidas depois da chamada crise do petróleo de 1973-1979. As medidas monetaristas adotadas pelos governos norte-americano e britânico para reverter a tendência à estagflação têm sido acompanhadas por considerável elevação dos preços, dos índices de desemprego e da recessão econômica. Não é um fato momentâneo, causado por erro de política econômica, como quer fazer crer o senhor Gustavo Franco. Sem que haja honestidade intelectual e ética não se conquista resultados positivos. A baderna política e econômica tende a continuar enquanto não houver honestidade de propósito. A estagflação não é um fenômeno recente na economia brasileira, entre 1963 e 1966, o Brasil atravessou um período de estagflação, promovendo a diminuição do PIB em 1964-1965, sem que a inflação fosse controlada. A partir de 1981, o fenômeno reapareceu com excepcional força, permanecendo até o primeiro semestre de 1984. Depois da fase de crescimento no biênio 1985-1986, a estagflação voltou a caracterizar a economia brasileira com índices inflacionários elevados. A inflação decorre da liberdade do mercado em estabelecer os seus preços ou por descontrole nos gastos públicos. Nossa economia tem uma cultura inflacionária decorrente do desequilíbrio fiscal, promovido por governos, alimentada pelos empresários, que buscam a acumulação inflacionária, recusando-se a diminuir suas margens de lucro, repassando o aumento de custos dos produtos primários totalmente, e em “cascata”, ao consumidor. O disparate exposto pelo Gustavo Franco provém do discurso politiqueiro neoliberal, com base no analfabetismo funcional, que julga ser o sistema econômico livre de ações políticas e dos governos, como se alguma economia no mundo existisse sem a participação do Estado. É um devaneio ilusionista e politiqueiro.

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